O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (18) que o país fabricará pelo menos 100 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 antes do final do ano, e que terá o suficiente para inocular todos os cidadãos até abril. A previsão, porém, está em desacordo com o que afirmou o diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Robert Redfield.

“Centenas de milhões de doses estarão disponíveis todos os meses, e esperamos ter vacinas suficientes para todos os americanos até abril, e novamente direi, mesmo nessa fase posterior, a entrega será tão rápida quanto possível”, disse Trump em uma coletiva de imprensa na Casa Branca.

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No início da semana, Redfield disse em uma audiência no Senado que os EUA não começariam a vacinar as pessoas até novembro ou dezembro, no mínimo, e as doses seriam limitadas aos profissionais da saúde e grupos de risco. Disponibilidade ampla para a população, segundo o diretor, não deveria acontecer até segundo ou terceiro trimestre do próximo ano.

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Trump afirmou que “quantidades maciças” da vacina “serão entregues por meio de nossos grandes militares, e o general é um dos nossos melhores e está pronto para ir. Estamos muito avançados na vacina, acreditamos que em algum momento em um futuro muito próximo a teremos”, disse o presidente. “Nós estamos anos à frente do que seria se tivéssemos um governo diferente deste”, completou Trump, que está em plena campanha para reeleição.

Há dois dias, o presidente chegou a afirmar que os EUA poderiam começar a distribuir uma vacina contra o coronavírus já em outubro. Na ocasião, Trump desmentiu a afirmação de Redfield ao Senado. “Acho que ele cometeu um erro quando disse isso. É apenas uma informação incorreta, e eu liguei para ele e ele não me disse isso. Acho que ele não entendeu a mensagem”.

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A Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador do governo dos Estados Unidos, ainda não deu autorização ou aprovação de emergência para nenhuma das vacinas em desenvolvimento. Moderna, Pfizer e AstraZeneca estão na fase final de testes clínicos nos Estados Unidos, mas o governo comprou previamente centenas de milhões de doses. Não está claro qual das doses disponíveis será utilizável.

Via: CNBC/Politico

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