Neurônios não são células fáceis de serem pesquisadas. Eles enviam sinais uns para os outros dentro do cérebro e por todo resto do corpo, e seus disparos elétricos comandam nossos pensamentos e ações. Para rastrear todos esses sinais, neurocientistas costumam conectar minúsculos eletrodos aos finos ramos dos neurônios – algo bem complicado.

Porém, um grupo de pesquisadores desenvolveu uma maneira de criar proteínas fluorescentes que fazem o neurônio “piscar” como uma árvore de natal quando recebe um sinal elétrico. Esses Indicadores de Voltagem Geneticamente Codificados (Gevi, na sigla em inglês) podem permitir medições de alta resolução da atividade sináptica em populações neuronais e contribuir com outras pesquisas sobre o funcionamento do cérebro.

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Uma equipe de neurocientistas, comandada pelo pesquisador da Escola de Medicina da Universidade de Connecticut, Srdjan Antic, conseguiu expressar Gevis em cérebros de animais – e observou que o método é muito eficiente para a visualização de grandes populações de células. Os resultados do estudo foram publicados em um artigo na revista eNeuro.

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O próximo passo será testar as proteínas fluorescentes em neurônios individuais e talvez até em dendritos individuais. A ideia é entender o processo pelo qual um neurônio individual decide disparar seus sinais elétricos a partir dos estímulos que recebem dos dendritos. Usando Gavis, os pesquisadores esperam poder determinar a voltagem em cada seção do neurônio a partir da intensidade da luz.

Quando se trata de processamento de informações no cérebro, “as coisas mais interessantes acontecem nos dendritos”, afirma Antic.

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Via: UConn Today