A tripulação da Estação Espacial Internacional teve uma noite “daquelas” entre esta segunda-feira (19) e terça-feira (20). Nada menos do que três sistemas críticos falharam quase que ao mesmo tempo. Um banheiro, um gerador de oxigênio e um forno usado para aquecer alimentos.

A primeira falha foi em um banheiro no módulo russo, Zvezda. Ela foi reportada pelo cosmonauta Anatoly Ivanishin, que retornou à Terra na noite desta quarta-feira (21). Aparentemente uma “bolha de ar” se formou no sistema e causou um entupimento, que foi corrigido em poucas horas.

A estação tem dois banheiros, um no módulo russo e outro recém-instalado no módulo norte-americano, desenvolvido ao custo de US$ 23 milhões. Também há um banheiro na espaçonave Soyuz MS-16, que estava acoplada à estação no momento da falha. Em último caso os astronautas podem usar fraldas, que normalmente são usadas durante caminhadas espaciais.

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O Universal Waste Management System (UWMS), desenvolvido pela Nasa e recém-instalado na ISS. Foto: Nasa

A segunda falha foi em um sistema de geração de oxigênio, também no módulo russo, que já havia apresentado problemas na semana passada. Segundo o site Phys.org, os tanques que armazenam água, que é separada em oxigênio e hidrogênio por um processo de eletrólise, estavam vazios. Novamente, há um sistema redundante no lado norte-americano da estação. Portanto, os astronautas não correram perigo.

Por fim, um dos fornos usados para aquecer alimentos também apresentou problemas. Não há detahes sobre a localização deste equipamento, mas assim como os banheiros e sistemas de oxigênio, há outros fornos na estação. Como diz o magnara S.R. Hadden no filme “Contato”: “a primeira regra em gastos do governo é: porque construir só um, se você pode ter dois pelo dobro do preço?”.

Em declaração recente à agência de notícias russa RIA Novosti, o cosmonauta russo Gennady Padalka afirmou que todos os módulos do segmento russo estão “esgotados” e precisam ser substituídos. Eles foram projetados com uma vida útil de 15 anos, mas já estão em uso há 20. A Rússia está desenvolvendo um novo módulo científico para a ISS, chamado Nauka, que deve ser lançado no segundo trimestre de 2021.

Fonte: Gizmodo