A Nasa marcou uma coletiva de imprensa para a próxima segunda-feira (26) às 13h (horário de Brasília) onde promete anunciar uma “empolgante descoberta” sobre a Lua feita usando o telescópio infravermelho Sofia. Segundo a agência a descoberta contribui com seus esforços para aprender mais sobre a Lua, em apoio a missões de exploração do espaço profundo.

Não há mais detalhes sobre o que será anunciado, mas há menção ao programa Artemis, que pretende levar astronautas novamente à superfície Lunar em 2024 como preparação para o “próximo salto” da humanidade, a exploração de Marte no início da década de 2030. O evento será transmitido, apenas em áudio, no canal da Nasa no YouTube.

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Sofia é um telescópio infravermelho montado em um Boeing 747SP. Foto: Nasa

Olho no céu

Em janeiro deste ano a Nasa divulgou uma imagem incrivelmente detalhada do centro de nossa galáxia, obtida com o telescópio infravermelho Sofia. O equipamento é montado em um Boeing 747SP modificado, que voa a 11 km de altura. Nesta altitude o equipamento está acima de 99% da atmosfera que bloqueia radiação infravermelha, o que resulta em imagens excepcionalmente claras do universo.

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Entre os destaques da imagem estão o aglomerado dos arcos, com a maior densidade de estrelas na galáxia, e o aglomerado quíntuplo, que contém estrelas um milhão de vezes mais brilhantes que nosso sol. O buraco negro no centro da Via Láctea, chamado Sagitário-A, também é visível como uma mancha brilhante próximo ao centro da imagem.

Imagem infravermelha do centro da Via Láctea, feita com o Sofia. Foto: Nasa
Imagem infravermelha do centro da Via Láctea, feita com o Sofia. Foto: Nasa

A imagem é um composto de informações coletadas pelo Sofia com dados obtidos pelos observatórios espaciais Spitzer, da Nasa, e Herschel, da União Européia. Os dados foram obtidos em julho de 2019 durante a missão anual do Sofia em Christchurch, Nova Zelândia, onde os cientistas estudam os céus do Hemisfério Sul. O conjunto de dados completo e calibrado está atualmente disponível para astrônomos em todo o mundo para mais pesquisas.

Fonte: Nasa