Na última semana, o pesquisador de segurança holandês Victor Gevers conseguiu acessar a conta do Twitter do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pela segunda vez. Usando apenas a adivinhação, ele descobriu que a senha da conta era ‘maga2020!’, que é o slogan da campanha presidencial: “Make America Great Again”.

Ele teve acesso às mensagens, pôde alterar o perfil e publicar tweets. O acesso à conta foi fácil porque ela não possuía sequer a autenticação em dois fatores ativada. A medida é considerada uma forma básica de evitar que contas sejam invadidas.

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O pesquisador alertou Trump e os serviços do governo norte-americano sobre o problema de segurança. Dois dias depois, ele também foi contatado pelo Serviço Secreto dos EUA na Holanda. O Twitter decidiu não compartilhar detalhes sobre o caso, embora a segurança da conta tenha sido reforçada.

Hacker do bem

Ao jornal Volkskrant, Gevers disse que conseguiu acessar a conta na quinta tentativa. “Eu esperava ser bloqueado após quatro tentativas fracassadas. Ou, pelo menos, que seriam solicitadas informações adicionais”.

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Reprodução

Autenticação em dois fatores do Twitter pode usar mensagem de texto, aplicativo de autenticação ou chave de segurança física. Imagem: Freestocks(Unsplash)/Reprodução

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O pesquisador atua como um hacker ético, mas a falha de segurança é considerada grave, entre outros, por se tratar do presidente dos EUA. A conta, inclusive, possui mais de 87 milhões de seguidores, o que poderia causar problemas de comunicação se caísse em mãos erradas.

Em entrevista ao jornal, o especialista em segurança Ronald Prins, que conhece o trabalho de Gevers, disse que “ele tem a reputação de dedicar sua vida a encontrar vulnerabilidades e sempre adota uma atitude muito ética ao fazer isso”.

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Hackeado de novo

Essa foi a segunda vez que Gevers conseguiu acessar a conta de Trump. Na primeira, em 2016, ele agiu com outros dois pesquisadores e descobriu que a senha da conta era ‘yourefired’ (“você está demitido”, em tradução livre).

A falha também é considerada grave pois as eleições presidenciais do país acontecem em 3 de novembro, em menos de duas semanas. A rede social já identificou campanhas que visam causar ruídos entre os eleitores, e a conta de Trump é uma potencial vítima de ataques direcionados.

 

Fonte: Volkskrant, The Guardian