Cientistas da Nasa anunciaram nesta segunda-feira a descoberta de moléculas de água na Lua. Isso vai ser importante em futuras missões tripuladas em programas como o Artemis e para a construção de bases permanentes na superfície lunar.

A descoberta foi feita pelo telescópio infravermelho Sofia. Ele é montado dentro de um Boeing 747 e voa a 11 quilômetros de altura. Assim, pode produzir imagens muito mais detalhadas do que os telescópios em solo.

A água detectada está em uma concentração de 100 a 400 partes por milhão dentro da cratera Clavius. Isso é 100 vezes menos do que existe em alguns locais da Terra, como o deserto do Saara. São, basicamente, moléculas de água espalhadas entre as rochas na superfície. Ou seja, não há poças d’água nem grandes blocos de gelo na superfície da Lua.

Há muito se especula sobre a existência de gelo na Lua, mas ele estaria em áreas escuras de crateras e cânions. Segundo Paul Hertz, diretor da Divisão de Astrofísica da Nasa, essa descoberta levanta questões sobre os recursos relevantes para exploração das profundezas do espaço.

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Além de crucial para manter a vida, a água pode ser usada para produzir oxigênio para os astronautas e hidrogênio, que pode ser transformado em combustível para foguetes e espaçonaves. Então, apesar da pequena quantidade, essa descoberta é importantíssima para futuras missões.