No mês passado, o Facebook atualizou seus termos de uso e passou a banir qualquer conteúdo que “nega ou distorce” o Holocausto. No entanto, segundo o The Markup, a rede social ainda não removeu inúmeras páginas que promovem o período e seus algoritmos continuam a promover esse tipo de conteúdo.

O site aponta que “inúmeros grupos de negação do Holocausto bem conhecidas permanecem ativas”. As pessoas que encontrarem essas páginas ainda receberão recomendações de conteúdo relacionado – isso graças ao algoritmo da plataforma – o que levará “os usuários cada vez mais a uma rede de conteúdo discriminatório”.

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Um dos grupos do tipo mais famosos é o Institute for Historical Review (IHR). Segundo o Facebook, o conteúdo compartilhado no IHR não viola suas políticas atuais. No entanto, ainda não está claro se as outras páginas do tipo estão ativas porque não violam as práticas da plataforma ou simplesmente escaparam da moderação da rede social.

Apesar disso, pode ser que essas páginas estejam no radar da rede social. Isso porque, de acordo com Monika Bickert, vice-presidente de política de conteúdo do Facebook, a moderação “não pode acontecer da noite para o dia. Há uma variedade de conteúdo que pode violar essas políticas e lavará um tempo para treinar nossos revisores e sistemas sobre a aplicação”.

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Manter esse conteúdo no ar pode ser preocupante, principalmente depois que o resultado de uma pesquisa publicada em setembro revelou que um em cada dez jovens norte-americanos acredita que o Holocausto nunca aconteceu, enquanto pouco menos de um quarto (23%) acredita que o período é um mito ou que o número de judeus mortos foi exagerado.

Ação do Twitter

O Twitter seguiu os passos do Facebook e remover postagens que contestem ou diminuam o Holocausto, conforme contou uma porta-voz da empresa à Bloomberg. A medida não é fruto de novas políticas da plataforma, e reafirma regras já existentes.

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“Condenamos veementemente o antissemitismo, e a conduta odiosa não tem lugar em nosso serviço”, disse uma representante da rede social. “Também temos uma política robusta sobre ‘glorificação da violência’ em vigor e agimos contra qualquer conteúdo que glorifique ou elogie atos históricos de violência e genocídio, incluindo o Holocausto”.

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Twitter não tolera postagens que celebrem eventos históricos de genocídio, como o Holocausto. Imagem: Worawee Meepian/Shutterstock

De acordo com as regras publicadas na Central de Ajuda do Twitter, os usuários da plataforma não podem “glorificar, comemorar, elogiar ou tolerar crimes e eventos violentos em que pessoas foram vítimas por pertencerem a um grupo protegido”. Isso inclui a tentativa de extermínio dos judeus e o genocídio de Ruanda, por exemplo.

Também é proibido celebrar homicídios e tiroteios em massa, assim como ataques realizados por organizações terroristas ou grupos extremistas violentos.

“Fico feliz que isso tenha acontecido” e “queria que mais pessoas fizessem isso” são exemplos de tuítes que seriam removidos, ilustra a plataforma, afirmando que esse tipo de mensagem poderia “inspirar outras pessoas a imitar tais atos e causar perigo no mundo real”.

Via: Forbes