

Nesta quinta-feira (3), o Facebook revelou que começará a remover de suas redes sociais falsas alegações sobre as vacinas que estão sendo desenvolvidas sobre a Covid-19.
Em um comunicado, a empresa disse que o trabalho de remoção desse tipo de conteúdo deve começar no Facebook e Instagram nas próximas semanas. Passarão por moderação afirmações falsas sobre a segurança, eficácia, ingredientes ou efeitos colaterais das vacinas, juntamente de teorias da conspiração sobre o assunto.
Apesar de ter uma previsão de início, o Facebook afirma que não começará a aplicar essas políticas de moderação da noite para o dia. Isso porque, de acordo com a empresa, as definições de desinformação sobre vacinas serão compiladas “com base na orientação de autoridades de saúde pública à medida que aprendem mais”. Por outro lado, a plataforma promoverá detalhes vindos de “fontes confiáveis de informação” sobre as vacinas contra a Covid-19.
A decisão de agir contra a desinformação sobre as vacinas ocorre um dia depois do Reino Unido conceder aprovação de emergência para que a vacina da farmacêutica Pfizer/BioNTech seja aplicada em sua população.
Essa decisão chega em boa hora, principalmente por conta da divulgação de uma pesquisa feita pelo grupo ativista global Avaaz. O trabalho registrou que, entre junho de 2019 e maio de 2020, informações falsas relacionadas à saúde foram vistas 3,8 milhões de vezes. Esse total incluiu 460 milhões de visualizações de material do tipo apenas em abril, quando a pandemia da Covid-19 começou a atingir níveis alarmantes em todo o mundo.
Em outubro, o Facebook anunciou que vai proibir a veiculação de anúncios com discurso antivacina. O objetivo, segundo a plataforma, é priorizar informações sobre a segurança e eficácia da vacinação contra Covid-19 e outras doenças.
A empresa ressaltou que não aceita publicidade que contenha boatos desmentidos pelas principais organizações de saúde globais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).
“Agora, se um anúncio desencorajar explicitamente alguém a tomar uma vacina, nós o rejeitaremos”, diz a companhia. “Não queremos essas mensagens em nossa plataforma”.
Publicações pagas que advoguem a favor ou contra as políticas governamentais sobre vacinação, no entanto, continuarão sendo permitidas. Em contrapartida, o Facebook incluiu um rótulo “pago por” para que a pessoa ou grupo por trás da publicação fique em evidência.
Via: Forbes