O começo de 2021 começará com uma assinatura mais cara: segundo comunicado enviado pela Netflix, a mensalidade do serviço de streaming vai aumentar a partir de 10 de janeiro – o preço básico atual de US$ 15,99 (R$ 81, na conversão direta) subirá para US$ 17,99 (R$ 91).
Segundo a assessoria de imprensa da Netflix no Brasil, o aumento no exterior não terá reflexos no Brasil, onde o valor mais baixo para assinar a plataforma é de R$ 21,90. A empresa informa que não há planos de reajuste para a mensalidade local por enquanto.
“Essa atualização nos permitirá agregar ainda mais valor à sua assinatura – com histórias que levantam o seu humor, lhe emocionam ou simplesmente tornam o seu dia um pouquinho melhor”, diz o comunicado.
Aumento era esperado desde setembro
A notícia do aumento da mensalidade da Netflix em mercados padronizados pelo dólar não é exatamente uma surpresa. Em setembro de 2020, o analista de mercado Alex Giaimo, da Jefferies, emitiu comunicado aos seus clientes alertando-os de que a empresa já estudava encarecer o valor de sua assinatura na América do Norte e Europa.
“No primeiro trimestre, a Netflix disse que ‘nem mesmo estava pensando em aumento de preços’, enquanto a linguagem no segundo trimestre era mais direta”, disse Giaimo à época. Segundo o analista, um acréscimo de apenas um ou dois dólares nas mensalidades de usuários da América do Norte ou Europa poderia gerar entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão aos cofres da Netflix.
Por aqui, o último reajuste que a mensalidade da Netflix passou foi em março de 2019 – pouco menos de um ano antes da pandemia da Covid-19, quando os serviços da plataforma foram mais e mais requisitados devido ao isolamento social e práticas de quarentena.
Atualmente, os planos da Netflix para o Brasil trazem três modalidades: além da básica, com custo de R$ 21,90, a empresa também tem a assinatura “Padrão” (R$ 32,90) e “Premium” (R$ 45,90).