Ataques cada vez mais robustos tornam o conhecimento aprofundado um pilar crucial no combate ao cibercrime

Em 2020, a tecnologia transformou o mundo. Novos modelos de trabalho, qualificação de equipes de TI e preocupação por um ambiente digital seguro nortearam os últimos meses. E, com o próximo ano batendo à porta, é preciso (re)pensar sobre o que deve acontecer e para onde vai a tecnologia, especialmente nos ambientes corporativos.

É verdade que, com a maior parte dos colaboradores em casa, o uso de ferramentas e dispositivos que permitem o trabalho online cresceu consideravelmente. Só para se ter uma ideia, o último relatório feito em parceria pelo Hootsuite e o We Are Social, em outubro, mostrou que aplicativos de mensagens, ferramentas de colaboração e videochamadas ocupam a 2ª, a 3ª e a 4ª posição, respectivamente, no ranking das plataformas mais utilizadas para a comunicação no trabalho. A mais usada continua sendo o bom e velho e-mail, por mais de 90% das pessoas. E o que isso quer dizer?

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Bem… essas adaptações não são o fim da jornada, e sim o começo dela. Em outras palavras, é com base nessas informações a respeito dos hábitos dos trabalhadores que podemos pensar, assertivamente, no futuro, já que, com o aumento do uso e do tempo que passamos conectados (são quase 7h diárias, segundo o relatório que citei), também crescem as ameaças cibernéticas. 

Em uma conferência online, realizada no último mês pelos especialistas da ESET Brasil Daniel Cunha Barbosa e Carlos Marino, exclusivamente para jornalistas, já apontávamos as grandes mudanças ocorridas no cenário corporativo: automação, inteligência artificial e digitalização. Esses foram os pilares que proporcionaram tantas inovações em nível global. Junto a isso, os ataques de phishing e ransomware estão cada dia mais elaborados, a fim de obter informações pessoais dos usuários, cometer crimes cibernéticos e invadir dispositivos.  

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Por essa razão é que acredito que 2021 precisa ser um ano de certezas. Não há mais como pensar apenas na solução para um problema tecnológico. É fundamental prever, dia após dia, tais situações para evitar novos e mais refinados ataques. Só assim é que vamos conseguir antecipar ações de criminosos virtuais e ter sucesso na busca por uma tecnologia mais segura para todos. No fim das contas, a principal tendência não só para 2021, mas para o futuro, é o conhecimento cada vez mais aprofundado em técnicas de cibersegurança, apostando na qualificação das equipes e lutando por um ambiente virtual sempre melhor.