De acordo com o Centro Nacional de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia russo, a vacina Sputnik V possui eficácia da 91,4%, com base na análise do ponto de controle final dos dados obtidos 21 dias após a administração da primeira dose. Agora, o Centro Federal de Saúde Animal quer concluir testes clínicos para uma versão da vacina para a Covid-19 em animais domésticos – inclusive os visons.

Espera-se que o processo de aprovação regulatória da vacina animal contra a Covid-19 comece já no próximo mês de fevereiro. O país já foi o primeiro a dar aprovação regulamentar a uma vacina humana, a Sputnik V, em agosto, e desde então mais de 150 pessoas já receberam uma dosedo imunizante.

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A versão para animais é destinada a visons, coelhos, gatos e alguns outros bichos domesticados. Depois dos humanos, os furões e, em menor grau, os gatos, civetas e cães são os animais mais suscetíveis à infecção pelo novo coronavírus, de acordo com uma análise realizada por pesquisadores do Centro de Regulação Genômica (CRG), em Barcelona.

Nicolai Dybdal/Shutterstock
A Dinamarca é o maior exportador mundial de pele de vison. Imagem: Nicolai Dybdal/Shutterstock

Os visons em particular se mostraram um problema sério nos países onde são criados para extração da pele. Na Dinamarca, uma mutação do novo coronavírus infectou 12 pessoas, e toda população de 17 milhões de visons teve que ser exterminada – o que devastou também a indústria de casacos de pele dinamarquesa, a maior de toda a Europa.

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A Rússia está de olho no interesse comercial gerado por uma vacina contra a Covid-19 por criadores animais. O comércio global de peles, avaliado em mais de US$ 22 bilhões ao ano, viu seus preços aumentarem em até 30% na Ásia por causa da escassez de materiais, de acordo com a Federação Internacional de Peles (IFF).

Via: Reuters