Pela primeira vez na história, um sistema de inteligência artificial (IA) ajudou a controlar uma aeronave militar americana. O evento foi comunicado pela Força Aérea dos Estados Unidos na última quarta-feira (16).

Durante um voo teste no dia 15 de dezembro, o algoritmo ARTUµ atuou como copiloto a bordo do avião de espionagem U-2 Dragon Lady. Enquanto o piloto principal controlava a aeronave, o sistema de inteligência artificial ficou responsável por comandar os sensores e a navegação tática do avião.

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“Juntos, eles realizaram uma missão de reconhecimento em uma simulação de ataques de míssil”, disse a Força Aérea dos EUA em comunicado. Ainda de acordo com o informativo, o ARTUµ ficou responsável por encontrar os mísseis inimigos, enquanto o piloto principal localizava as aeronaves ameaçadoras. Tudo isso compartilhando o radar do U-2.

Aeronave U-2 Dragon Lady
Sistema de IA é mais um avanço tecnológico para ser usado em operações militares dos Estados Unidos. Imagem: US Air Forces/Divulgação

ARTUµ, às ordens

Treinado pela Força Aérea por mais de meio milhão de interações simuladas, o ARTUµ consiste em uma versão modificada do algoritmo de código aberto µZero — usado para derrotar humanos em jogos de tabuleiro como Go e Xadrez.

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O intuito do Laboratório Federal do Comando de Combate do U-2 era desenvolver uma tecnologia capaz de ser transferível para outros sistemas.

Isso não só seguiria o apelo da Estratégia da Defesa Nacional para investir em autonomia, como possibilitaria uma vantagem tecnológica aos militares americanos sobre rivais.

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“Sabemos que, para lutar e vencer em um conflito futuro com um adversário semelhante, devemos ter uma vantagem digital decisiva”, afirmou o Chefe da Força Aérea norte-americana, General Charles Q. Brown Jr.

“A IA desempenhará um papel fundamental para alcançar essa vantagem, por isso estou incrivelmente orgulhoso do que a equipe realizou”, completou Brown.

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Com tecnologias de inteligência artificial dirigindo aeronaves da Força Aérea e drones militares capazes de executar pessoas, uma futura guerra aos moldes de “Exterminador do Futuro” não parece tanta loucura assim.

Via: The Next Web