Data centers modernos não podem ter seu funcionamento interrompido por falta de energia. Para isso, tipicamente usam um sistema de geradores de backup movidos a diesel, que entram em ação em caso de blecaute e são capazes de produzir milhões de Watts em questão de segundos. Mas em breve um data center do Google na Bélgica será equipado com uma nova tecnologia: um sistema de baterias de backup, o primeiro em um data center em “hiperescala”.

“Em caso de interrupção na energia o sistema vai manter as buscas, e-mails e vídeos de nossos usuários em movimento, sem a poluição associada à queima do diesel”, diz a empresa. O projeto é parte de seu objetivo de usar 100% de energia limpa em suas operações até 2030.

Mas o mais importante é o que acontece quando um data center do Google não precisa de energia extra. Geradores a diesel ficam ociosos na maior parte do ano, mas as baterias podem ser usadas para fortalecer a rede elétrica da região, armazenando energia limpa quando ela está amplamente disponível (como energia solar durante o dia) e descarregando ela na rede em horários de pico.

As baterias também podem ser usadas para estabilizar outros tipos de variação na rede elétrica. Isso evita que sistemas de emergência, muitos deles baseados em usinas termoelétricas movidas a combustíveis fósseis, tenha que ser acionados.

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O Google afirma estar trabalhando em conjunto com a ELIA, operadora do sistema elétrico belga, para tornar seu projeto “um modelo de como os data centers podem se tornar âncoras de uma rede elétrica livre de carbono”.

Segundo a empresa a Bélgica foi escolhida para o teste pois sua equipe já tem experiência na implementação de novas ideias relacionadas a energia. O data center do Google em St. Ghislain foi seu primeiro a operar sem resfriadores mecânicos, o que lhe deu reconhecimento como um dos líderes em eficiência energética pela Comissão Europeia. Além disso, ele é o local da maior instalação energia solar renovável da empresa, com mais de 10 mil painéis.

Fonte: Google