Se existisse alguma equipe policial intergalática, o alerta a ser veiculado seria algo como “Procura-se buraco negro gigante!”. Isso porque, de acordo com a Nasa, um deles parece ter “sumido” do aglomerado de galáxias Abel 2261, localizado a cerca de 2,7 bilhões de anos-luz da Terra.

Quase todas as galáxias do universo possuem buracos negros supermassivos em seu centro. Inclusive, estima-se que quanto mais massiva for a galáxia, maior será o buraco negro. O da Via Láctea, por exemplo, possui cerca de quatro milhões de vezes a massa do Sol.

Mas ao observarem a região onde o Abel 2261 está localizado (utilizando o observatório de Chandra X-ray, da NASA, e o Telescópio Espacial Hubble), os astrônomos da West Virginia University não foram capazes de localizá-lo — um dos maiores já registrados — que deveria estar lá.

Buraco negro
Programado para estar no aglomerado de galáxias Abel 2261, buraco negro não foi encontrado durante observações. Foto: Nasa/Divulgação

Como o buraco negro sumiu?

O “sumiço” foi motivo de estranheza para os cientistas, que levantaram diversas possibilidades para tentar explicar o ocorrido.

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A primeira delas seria que ele teria sido ejetado por sua galáxia hospedeira (reação também conhecida como “recoiling black hole”) como resultado de uma fusão de duas galáxias.

Esta fusão criaria uma galáxia ainda mais massiva e, consequentemente, provocaria a combinação de dois buracos negros gigantes e supermassivos no centro da megagaláxia resultante.

Outras possibilidades apresentadas por um grupo liderado por Sarah Burke-Spolaor, da West Virginia University, são mais diretas: ou não existe um buraco negro lá, ou ele não está ativo o bastante para produzir quantidades de raios-X suficientes para serem detectadas pelo Observatório.

No entanto, nenhuma dessas explicações foi cravada e os cientistas devem usar o Telescópio Espacial James Webb, da Nasa, para novas observações. Por ora, o Abel 2261 segue “desaparecido”.

Via: Futurism