O Facebook promove uma mudança que altera o algoritmo de impulsão de canais políticos, implementado pouco depois das eleições presidenciais americanas, em 3 de novembro. Assim, reduz o alcance de páginas de extremismo partidário. Com a mudança, páginas mais conceituadas de conteúdo viram seus números crescerem.
A exibição de páginas partidárias tornou-se um problema logo após as eleições – onde o atual presidente, Donald Trump, saiu derrotado pela oposição do então candidato Joe Biden.
Com o volume de fake news e conspirações sobre uma suposta fraude no sistema eleitoral americano, o Facebook viu um aumento de informações inconsistentes ou inverídicas em páginas como Breitbart e Occupy Democrats.
Consequentemente, o algoritmo que controla a exibição dessas notícias (chamado pela rede de “N.E.Q”, sigla em inglês para “Qualidade do Ecossistema de Notícias”) reverteu-se para um estado prévio às eleições. Desta forma, o aumento de tráfego em páginas como CNN, New York Times e NPR, aumentou consideravelmente, levando a rede social a um senso de normalidade.
Segundo o Facebook, a mudança já era prevista e o uso do N.E.Q nunca seria permanente: “Essa foi uma mudança temporária que implementamos para ajudar a limitar a disseminação de afirmações imprecisas sobre a eleição”, disse Joe Osborne, uma porta-voz do Facebook, ao New York Times.
“Nós ainda estamos nos certificando que as pessoas vejam notícias informativas e de autoridades no Facebook, especialmente durante grandes ciclos noticiosos ou sobre tópicos importantes como eleições, Covid-19 ou aquecimento global”.
Fonte: The New York Times