A Boeing, em parceria com a Universidade do Arizona, divulgou estudo o qual comprovou que o calor pode eliminar o Sars-Cov-2, causador da Covid-19, de suas aeronaves. A pesquisa teve como objetivo descobrir meios de oferecer mais segurança aos passageiros da companhia aérea durante suas viagens na pandemia. Em outubro, a United Airlines também afirmou que a chance de transmissão da doença em seus voos era quase zero.

Os estudos foram conduzidos em laboratórios protegidos da Universidade, inclusive com a utilização de partes reais de uma cabine de comando. Assim sendo, é importante dizer que esta parte do avião é a mais delicada, visto sua sensibilidade a materiais de higiene, como desinfetantes, que são usados para eliminar o vírus.

Dessa forma, o aquecimento térmico atingiu os objetivos dos pesquisadores em apenas três horas. Segundo eles, com o método, o vírus Sars-Cov-2 foi “reduzido em mais de 99,9% em temperaturas de 104 graus Fahrenheit (40 graus Celsius) e reduzido em mais de 99,99% em temperaturas de 120 F (50 C)”.  

“O calor faz um trabalho muito bom em contornar cantos e em várias superfícies”, explicou Colin Hart, engenheiro de aviões comerciais da Boeing e gerente de sistemas de controle ambiental. “Também não requer contato direto com produtos químicos ou outras substâncias”, destacou Hart.

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Assim também, vale lembrar que não há possibilidades de danos às peças do avião ou derretimento dos componentes, considerando que eles são projetados para suportar até 160 graus Fahrenheit.

“Cozinhando” o Sars-Cov-2

“Estamos basicamente cozinhando o vírus. A desinfecção térmica é uma das formas mais antigas de matar microorganismos causadores de doenças. É usada por microbiologistas em nosso laboratório todos os dias”, lembrou Charles Gerba, um dos principais pesquisadores do estudo.

Homem de máscara em avião. Segundo estudos, calor pode eliminar 99,99% do Sars-Cov-2 em aviões
Método térmico pode eliminar vírus da Covid-19 de aeronaves, segundo Boeing. Créditos: EugeneEdge/Shutterstock

Além disso, cabe destacar que a aviação foi uma das áreas mais afetadas com a pandemia causada pela Covid-19. Dessa maneira, algumas empresas do ramo procuraram por alternativas para manter suas receitas, como a Singapore Airlines que transformou suas aeronaves em restaurantes.

Igualmente, em outubro, a United Airlines afirmou que a baixa transmissão, mesmo em voos mais longos, pode ser mantida por meio do uso de máscara de proteção facial. A empresa apresentou a chance de 0,003% de as partículas de ar infectadas com o Sars-Cov-2 cruzarem a zona de respiração. “A Covid-19 é quase inexistente em nossos voos”, afirmou a companhia, que também garantiu aos seus futuros clientes a segurança em suas viagens.

Via: Boeing/Tech Times