O Google descontinuará seu serviço direcionado para Internet das Coisas e, consequentemente, casas inteligentes. O Android Things não fez o sucesso esperado e começará a ser interrompido a partir de 5 janeiro de 2021. Da mesma forma, a partir de 2022, a aplicação não aceitará novos projetos e apagará todos os dados já armazenados.

O fato de não ter conseguido hardwares do Google compatíveis com a tecnologia pode ter sido decisivo para a descontinuação do serviço, segundo o Android Police. Neste sentido, vale destacar os alto-falantes e monitores inteligentes que utilizam o sistema, mas que na verdade usavam uma versão modificada do Google Cast. Dessa maneira, isso significa que nem o próprio Google desenvolveu equipamentos nativos com o sistema.

Igualmente, outras empresas não se interessaram pela aplicação, o que também pode ter influenciado na decisão de encerramento do serviço.

diagrama do android things, serviço do google para casas inteligentes
Google descontinuará serviço próprio para casas inteligentes. Imagem: Andrey Suslov/Shutterstock

O site Ars Technica destacou que “o problema com o Android Things é que o Android é realmente pesado e, embora um sistema operacional para smartphones possa ser estendido para carros e TVs com bastante facilidade, os dispositivos Android Things sempre foram maiores, consumiram mais energia e eram mais caros do que os produtos IoT típicos”.

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Histórico

Com o propósito de estender o Android já conhecido nos smartphones, o Android Things foi lançado em 2015 com o nome Brillo. Inicialmente, a intenção era aplicá-lo em alto-falantes conectados, roteadores e câmeras de segurança, por exemplo.

No ano seguinte, o sistema foi batizado novamente. Já em 2018, o Google lançou alto-falantes e monitores inteligentes exclusivos com a tecnologia, o que tornou a aplicação direcionada quase que apenas para estes aparelhos.

Nesse sentido, vale ainda lembrar de outros fracassos do Google. O “Android para relógios”, também conhecido como Wear OS, foi outro serviço da gigante da tecnologia nunca decolou por falta de chips.

Via: Android Police, Ars Technica