A Starlink, rede de internet via satélite da SpaceX, obteve a licença para operar no espectro de ondas milimétricas (mmWave) de 5G na Austrália. O anúncio foi feito pela Autoridade Australiana de Comunicações e Mídia (ACMA) na sexta-feira (18).

“Com as novas licenças, as empresas interessadas puderam identificar as regiões e a quantidade de espectro que elas querem usar”, declarou o órgão. Esta foi a primeira rodada de concessão das chamadas licenças de área ampla (Area-Wide Apparatus Licence, ou AWL).

Além da Starlink, também foram contempladas com a licença para operar no 5G as companhias Telstra, Optus, Vocus, Nokia, NBN, Opticomm, MarchNet, Dreamtilt, Field Solutions Group, WorldVu (One Web), Inmarsat, Viasat, O3B/SES e New Skies/SES.

A permissão é válida para as bandas de 26 GHz e 28 GHz, com exceção dos espectros localizados nas bandas de 24,7 a 25,1 GHz e 27,5 a 29,5 GHz. Estes, informou a ACMA, serão disponibilizados em janeiro de 2021.

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Starlink deve começar a operar na rede 5G da Austrália em breve. Crédito: darkpenguin/Reddit

Em abril, será realizado o leilão de espectros entre as bandas de 25,1 a 27,5 GHz em 27 áreas da Austrália. As inscrições para participação foram abertas na semana passada, e o arremate é limitado a 1 GHz por participantes. Ao todo, 360 lotes estão sendo ofertados.

Ajuda milionária

Para a Starlink, a obtenção da licença para operar no 5G da Austrália é a segunda boa notícia em um curto espaço de tempo. No dia 9 de dezembro, a empresa assegurou um incentivo milionário do governo dos Estados Unidos para concluir sua constelação de satélites.

Serão destinados à empresa US$ 886 milhões ao longo de 10 anos. O valor faz parte de um fundo de US$ 9,2 bilhões da Agência Federal de Telecomunicações dos EUA (FCC), destinado a empresas empenhadas em levar conexão de alta velocidade às áreas rurais do país.

Até o momento, a SpaceX já lançou 900 dos 12 mil dispositivos necessários, tendo até realizado um “beta público” com convidados no início de novembro.

Via: ZDNet