Quem perdeu a conjunção entre Júpiter e Saturno na noite da última segunda-feira (21), terá a chance de observar outro fenômeno. Hoje, quarta-feira (23), ocorre a conjunção da Lua com Marte. O acontecimento está previsto para acontecer a partir das 15h31.
O evento marcará a mesma ascensão reta dos dois astros, com a Lua passando a 5º34′ ao sul de Marte.
A Lua já estará presente no céu por volta deste horário. No entanto, apenas a partir do pôr do sol — que deve ocorrer aproximadamente às 18h30 — será possível observar o Planeta Vermelho no céu, ao sudeste, logo acima de nosso satélite natural.
O ponto mais alto dos astros no céu deve ser atingidos por volta das 19h22 e ambos poderão ser melhor observados até o início da madrugada de quinta-feira (24), antes de “desaparecerem” no horizonte.
Como os pares ficarão relativamente separados, é possível que a observação por meio de telescópios ou binóculos restrinja o campo de visão. No entanto, basta aconchegar-se e olhar para o céu, pois o fenômeno poderá ser visto a olho nu.
O fenômeno de hoje deverá ser a última oportunidade de ver o Planeta Vermelho em boas condições neste ano de 2020. O melhor dia foi em 13 de outubro, quando Marte posicionou-se em direção oposta ao Sol e pôde ser observado de maneira nítida e brilhante no céu daquele dia.

Urano também visível
Logo após conjunção da Lua com Marte, o satélite natural da Terra passará por Urano, realizando outro fenômeno de conjunção nesta quinta-feira (24). Urano ficará a cerca de 2,5º ao norte da Lua ou cinco luas acima do satélite natural — tendo em vista que a Lua possui diâmetro aproximado de 0,5º.
Esta poderá ser uma boa oportunidade para observadores menos experientes utilizarem o fenômeno como guia para localizar o sétimo planeta mais distante do Sol do Sistema Solar. No entanto, a tarefa não será fácil.
Por conta do brilho de Urano ser muito fraco, o evento não poderá ser observado a olho nu. Aliado a isso, o brilho da Lua ofuscará a visibilidade do planeta.
Nesta caso, é aconselhável a observação utilizando binóculos e telescópios, embora nem todos estes instrumentos possuam campo de visão necessário para observar ambos os astros de uma só vez.
Via: Earthsky/In-The-Sky