Por meio do secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, o Ministério da Saúde disse que prevê 258,4 milhões de unidades de vacinas contra a Covid-19 no país a partir de janeiro. Tratam-se de imunizantes de várias farmacêuticas em um esforço de cobrir toda a demanda para o início da vacinação. Enquanto o Brasil ainda discute o início da imunização, outros países já estão vacinando.

Dessa forma, segundo Medeiros, a intenção é que o país tenha acesso a 42 milhões de unidades da vacina do consórcio Covax Facility, bem como a 100,4 milhões da vacina da farmacêutica AstraZeneca, que está sendo desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford. Sobre este imunizante, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que fabricará a vacina aqui no Brasil, diz que o planejamento é produzir um milhão de unidades na primeira semana de fevereiro. Logo após, a Fundação quer estabelecer uma produção de 700 mil de unidades ao dia.

Secretário de vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, divulgou a previsão de mais de 250 milhões de vacinas contra Covid-19 a partir do próximo mês. Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Igualmente, o Brasil também espera receber pelo menos 70 milhões da dose da Pfizer em parceria com a BioNTech. O pacote das vacinas que poderão estar disponíveis a partir do próximo mês também inclui a CoronaVac. Elaborada pela chinesa Sinovac, o imunizante será produzido no Instituto Butantan, em São Paulo. De acordo com o Ministério da Saúde, 46 milhões de vacinas da farmacêutica estarão disponíveis para o plano de vacinação, sendo que nove milhões já devem ser distribuídas em janeiro.

Ainda sobre a CoronaVac, Medeiros também afirmou que do total de vacinas produzidas, 15 milhões devem ser entregues em fevereiro e 22 milhões em março de 2021. Além disso, Medeiros frisou sobre negociações para ampliar o contrato em relação ao imunizante para a compra de 100 milhões de unidades.

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Outra vacina da China

Apesar das polêmicas envolvendo a CoronaVac, bem como a ansiedade pela aprovação do imunizante, principalmente em São Paulo, a vacina não é a única chinesa do mercado. A BBIBP-CorV é produzida pela farmacêutica Sinopharm e já está sendo aplicada em regime de uso emergencial em três países. O meio de proteção contra a Covid-19 utiliza a mesma tecnologia da vacina da Sinovac, ou seja, o vírus inativado.

De acordo com o Uol, até novembro, aproximadamente um milhão de chineses já tinham sido imunizados com a vacina, que inclusive possui eficácia de 86%. Os Emirados Árabes Unidos também mostraram interesse no imunizante e participam dos testes da fase 3 da vacina.

Vacina da chinesa Sinopharm é outra opção de imunizante. Créditos: Steve Heap/Shutterstock

Nesse sentido, o Barém (Bahrein) também autorizou o uso da vacina e o próprio rei, Hamad bin Isa al-Khalifa, já foi vacinado. Egito e Marrocos também estão em negociações com a China para iniciar a imunização com a vacina da Sinopharm. O Brasil chegou a procurar informações sobre imunizante com a farmacêutica chinesa, mas não obteve resposta, segundo o Butantan.

Via: Uol