Recentemente, a Motorola lançou no Brasil um novo integrante da linha Moto G9, trata-se da variante Power. Com a proposta de manter os aparelhos intermediários da empresa como os mais vendidos, o lançamento oferece uma bateria bastante potente de 6.000 mAh que promete até dois dias de utilização.

O Olhar Digital recebeu uma unidade do celular para teste e conta para você tudo sobre o aparelho. Confira.

Design, acabamento e tela

O Moto G9 Power possui um acabamento bastante bonito, com tons fortes e foscos. Felizmente, ao contrário de alguns lançamentos anteriores, o dispositivo não pega marcas de dedo facilmente.

O aparelho possui bordas levemente arredondadas, garantindo que seja bastante confortável utilizá-lo por muito tempo. Mesmo sem a capa de proteção – que, inclusive, acompanha o dispositivo -, há uma boa pegada no smartphone.

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Por falar em utilização prolongada, a tela, que possui 6,8 polegadas, é bastante confortável aos olhos. Com proporção 20:5,9, há um direcionamento para o consumo de conteúdo, principalmente vídeos.

Ainda citando o display implementado pela Motorola, temos a presença de uma câmera de selfie abrigada em um buraco no canto superior esquerdo. A decisão de localização da câmera foi totalmente acertada, pois oferece um aproveitamento quase total da tela do dispositivo.

Câmera no canto superior traz um aproveitamento quase completo da tela do aparelho

Por fim, o celular oferece os clássicos botões de volume e liga/desliga nas laterais. No entanto, há uma implementação bastante interessante. Trata-se de um botão exclusivo para o Google Assistente, o que facilita na hora de realizar pesquisas rápidas em momentos em que você não pode digitar na tela.

Na parte inferior, temos a saída de som, que possui uma boa qualidade sonora, e uma entrada USB-C para carregamento do aparelho. A lateral esquerda conta com a bandeja para chips. Por fim, a parte superior possui com uma entrada para fones de ouvido seguindo o padrão 3,5 mm.

Especificações, desempenho e bateria

O aparelho chega ao Brasil com processador Snapdragon 662. As outras configurações presentes são bem interessantes. O aparelho chega com 4 GB de RAM, 128 GB de armazenamento – com possibilidade de expansão.

Para testar o desempenho de um utilizador normal, testamos aplicativos comuns do dia a dia, como Google Chrome, YouTube, Spotify, Facebook e Twitter. Para todas as tarefas, o aparelho se mostrou bastante rápido e responsivo, mesmo quando vários apps estavam abertos ao mesmo tempo. Em trocas rápidas entre as páginas também não percebi nenhum engasgo no carregamento de conteúdo.

Os aplicativos foram utilizados por cerca de uma hora cada um. A carga foi gasta em níveis aceitáveis. Com as atividades triviais, a bateria de 6.000 mAh presente no modelo conseguiu aguentar pouco mais de um dia sem recarga. Isso mostra-se muito bom, principalmente em um momento em que os smartphone são parte das atividades cotidianas.

Para jogos, o desempenho se manteve tão bom quanto na navegação. No entanto, como era de se esperar, a bateria teve um gasto um pouco acima do que foi visto anteriormente. Mesmo assim, nada que possa ser considerado um problema grave.

Já nos testes de benchmark, o aparelho atingiu pontuações aceitáveis se comparadas a outros aparelhos do mesmo nível. No Geekbench, por exemplo, o dispositivo atingiu a pontuação de 298 para processamento Single-Core e 1.223 para o Multi-Core.

Pontuação obtida deixa o Moto G9 Power na média dos smartphones do tipo

Outra questão interessante é a presença de um sistema de carregamento rápido com 20 W de potência. Isso garantiu que a bateria fosse carregada completamente em cerca de 1h10, o que é um tempo bastante interessante se considerarmos a autonomia fornecida. Obviamente, durante esse processo, o dispositivo esquentou um pouco, mas logo voltou ao normal quando a carga estava completa.

Câmera e fotos

Sistema de câmeras deste modelo é triplo

Assim como vários dos aparelhos lançados nos últimos meses, o Moto G9 Power possui uma configuração de câmera tripla. Que, mesmo assim, não impressionam muito em relação à qualidade. Podemos adiantar que elas ficam na média oferecida atualmente. São elas:

  • Uma lente principal de 64 megapixels;
  • Uma lente macro de 2 megapixels;
  • Um sensor de profundidade de 2 megapixels.

O software de câmera implementado pela Motorola é bastante simples de utilizar e intuitivo – apesar de que, para encontrar os modos, os usuários podem ter alguns problemas, já que o app foi remodelado recentemente e está um pouco diferente.

São várias funções que permitem fotos bastante interessantes, principalmente em condições de luz natural.

Foto tirada com o sensor principal em condições de iluminação favoráveis

O modo retrato cumpre muito bem seu papel, ao desfocar o fundo de forma bastante competente, trazendo bons resultados às imagens – lembrando que isso quando boas condições de iluminação estão presentes.

As fotos feitas com o sensor macro também são bastante interessantes – além de preservar bastante as cores do objeto fotografado, o que é um ponto bastante positivo.

Foto capturada com o sensor macro

Por outro lado, o modo noturno não surpreende. Apesar de manter um nível aceitável de detalhamento, os ruídos da imagem são bastante perceptíveis.

Captura com modo noturno ativado

Com uma câmera frontal de 16 MP, as selfies do aparelho possuem resultados aceitáveis, com a presença dos mesmos recursos, como Modo Noturno, Retrato e Cor de Destaque – além dos mesmos “defeitos” -, da parte traseira do aparelho.

Sistema e algumas novidades

Assim como os smartphones recentes da marca, o Moto G9 Power sai de fábrica com o Android 10 – porém, a Motorola confirmou a chegada do Android 11 ao dispositivo. Como é de se esperar, o dispositivo conta com todas as funcionalidades trazidas pelo sistema do Google – assim como os alguns aplicativos da empresa que vêm instalados de fábrica.

Os gestos característicos da Motorola também estão presentes. Ao fazer o movimento de girar o pulso, a câmera traseira é ativada. Fazendo-o novamente, o sistema alterna para a câmera frontal. Chacoalhando o aparelho – com cuidado, obviamente – a lanterna acende.

Conclusão

O Moto G9 Power mostra que a Motorola investiu alto para lançar no Brasil um aparelho que, mesmo considerado intermediário, se destaca e compete diretamente com alguns outros disponíveis atualmente no mercado – principalmente na questão da autonomia de bateria.

Com uma boa performance para aplicativos e jogos em geral, ótima duração de bateria e um sistema de câmeras que cumprem seu papel, o Moto G9 Power pode ser um investimento muito bom para quem procura gastar um valor aceitável por um aparelho com hardware relativamente potente para as tarefas do dia a dia e com duração considerável entre cada carga.

O Moto G9 Power já está disponível nas cores Verde Pacífico e Purple com preço sugerido de R$ 1.899.

Ficou interessado no aparelho? Você pode comprá-lo diretamente pela loja oficial da Motorola.