O Governo de São Paulo pode antecipar a vacinação contra a Covid-19, atualmente prevista para 25 de janeiro, caso a Anvisa aprove o pedido de uso emergencial da vacina Coronavac antes do prazo de 10 dias. A afirmação foi feita pelo governador João Doria nesta segunda-feira (11) em entrevista à CNN Rádio.

“Está mantido o prazo de 25 de janeiro. São Paulo iniciará a vacinação em 25 de janeiro e, se possível, até antes. Se houver a liberação da vacina antes, vamos iniciar a vacinação antes. Aliás, é o que desejamos para todo o Brasil. […] a meu ver, não é o momento de a ciência burocratizar e fazer excessos de exigências de uma vacina que já se mostrou eficiente e eficaz. Nem para a vacina do Butantan, nem para a de Oxford ou nenhuma outra”, explicou os motivos para antecipar a vacinação a Covid-19.

O governador também afirmou que o Sinovac, laboratório que desenvolveu a coronavac em parceria com o Instituto Butantã, deve entrar nesta semana com pedido de registro definitivo de sua vacina na China. Isso facilitaria o seu uso e registro em outros países.

“A agência de Vigilância Sanitária chinesa está classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das agências que podem certificar vacinas e adotá-las mundialmente. As outras são o FDA, dos EUA, a agência europeia e a agência japonesa”, afirmou.

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imagem de um braço sendo vacinado
Campanha de vacinação contra a Covid-19 em SP deve começar em 25 de janeiro. Imagem: Inside Creative House/iStock

Registro emergencial

Na sexta-feira, tanto o Instituto Butantan quanto a Fundação Oswaldo Cruz solicitaram o uso emergencial de vacinas contra a Covid-19. O Butantan foi o primeiro, após o Governo de São Paulo informar que a CoronaVac tem eficácia de 78% para casos leves e 100% para pacientes em estado grave.

Poucas horas depois a Fundação Oswaldo Cruz solicitou o uso da “vacina de Oxford”, que será produzida no Brasil em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. O registro seria para o uso de 2 milhões de doses prontas produzidas na Índia, enquanto as primeiras doses produzidas no Brasil não ficam prontas.

Após o anúncio da eficácia da CoronaVac, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, confirmou a assinatura de um contrato com o Butantan para a compra de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19.

Segundo Pazuello, a produção do instituto será incorporada ao Plano Nacional de Imunização e distribuída em todo o país. Do total de unidades compradas, 46 milhões serão entregues até abril e outras 54 milhões até o fim do ano. O preço pago por dose é de pouco mais de US$ 10.

Fonte: CNN Brasil