Um dos principais beneficiados pela polêmica envolvendo a política de privacidade do WhatsApp, o Telegram superou a marca de 500 milhões de usuários ativos mensais. A informação foi compartilhada pelo fundador do aplicativo de mensagens, Pavel Durov, em seu canal na plataforma.

“Na primeira semana de janeiro o Telegram superou os 500 milhões de usuários ativos mensais. Depois disso ele continuou crescendo: 25 milhões de novos usuários entraram no Telegram somente nas últimas 72 horas. Estes novos usuários vieram de todos os lugares do mundo – 38% da Ásia, 27% da Europa, 21% da América Latina e 8% da MENA [Oriente Médio e Norte da África]”, publicou o programador russo.

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Durov seguiu explicando que o aumento é significativo, principalmente se comparado a 2020, quando foram registrados 1,5 milhões de novos usuários diariamente. “Já tivemos outras aumentos de downloads durante nossos sete anos protegendo a privacidade dos usuários. Mas dessa vez é diferente”, disse.

“As pessoas não querem mais trocar sua privacidade por serviços gratuitos. Não querem mais ficar reféns de monopólios tecnológicos que parecem pensar que podem se safar de qualquer situação desde que seus aplicativos tenham uma grande quantidade de usuários”, ponderou o criador do Telegram. Para ele, o aplicativo se tornou um “refúgio” para quem deseja uma plataforma dedicada à privacidade e à segurança.

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Pavel Durov, o programador russo responsável pela criação do Telegram. Crédito: @durov/Instagram/

Como forma de boas-vindas aos “recém-chegados”, Durov citou um post de sua autoria publicado em 2018 no blog oficial do Telegram, quando a plataforma alcançou 200 milhões de usuários.

“Vocês – nossos usuários – são e sempre serão nossa única prioridade. Diferentemente de outros apps, o Telegram não presta contas a acionistas ou anunciantes. Não negociamos com marqueteiros, mineradores de dados ou agências governamentais. Desde o dia do lançamento, em agosto de 2013, não revelamos um único byte dos dados privados de nossos usuários a terceiros. Operamos dessa forma porque não vemos o Telegram como uma organização ou um app. Para nós, o Telegram é uma ideia; é a ideia de que todos neste planeta têm o direito de ser livre.”

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Rumores sobre monetização

Recentemente, Pavel Durov também se pronunciou sobre rumores de que a plataforma iria passar a exibir propagandas como forma de monetização. Em resposta a um usuário, o programador disse que o Telegram não deseja lucrar com dados privados.

“Se introduzirmos anúncios, eles serão mostrados apenas nos grandes canais de ‘um para muitos’, que são caros de manter devido aos custos com servidores e tráfego (como o meu, @durov) e nunca direcionados com base em dados privados (como no Facebook). Ou seja, nada de coletar dados pessoais, criar perfis dos usuários, etc. E se você não usa um de nossos canais de um para muitos (que não existem em nenhum outro app de mensagens) você não verá um único anúncio sequer”, afirmou.

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Fonte: Telegram