A Administração Nacional de Segurança Rodoviária americana (NHTSA, na sigla em inglês) pediu a Tesla para recolher 158.716 veículos das linhas Model S e Model X produzidos antes de 2019. O motivo para o recall seriam falhas nas telas sensíveis ao toque dos carros em questão.
Segundo carta publicada na quarta-feira (13) pela agência, as falhas das chamadas “unidades de controle de mídia” nesses veículos podem interromper o acesso do proprietário à câmera de backup do veículo, controles de temperatura e sistema de assistência ao motorista do piloto automático da Tesla, aumentando o risco de acidentes.
O problema envolve chips de memória flash desgastados usados nas telas de sedans Model S produzidos entre 2012 e 2018, e SUVs Model X de 2016 a 2018. Cada vez que um proprietário liga um desses Teslas, ele consome a capacidade total do chip de memória flash de 8 GB integrado no processador Nvidia Tegra 3 que alimenta os monitores. Quando essa capacidade é alcançada, os monitores ficam bloqueados.
Proprietários de veículos afetados disseram anteriormente à CNBC que a tela de exibição em suas unidades de controle de mídia às vezes ficava em branco, em parte ou totalmente. A montadora de Elon Musk até chegou a oferecer uma “expansão da garantia” para clientes que pagaram do próprio bolso a troca das unidades de controle de mídia.
A NHTSA abriu uma investigação formal sobre o problema em junho passado, e disse que a investigação ainda está em andamento, apesar do pedido para a Tesla recolher os veículos.
Na carta, a agência reconhece que a Tesla lançou atualizações de software para atenuar as falhas, no entanto, acredita que elas sejam “processuais e substantivamente insuficientes”.
Problemas de fabricação
O recolhimento de mais de 158 mil carros da Tesla acontece dois meses depois de a montadora fazer outro recall, em novembro passado, nos EUA. Este, impactou cerca de 9,5 mil veículos da empresa, devido a dois problemas de fabricação.
Segundo a Tesla, o friso no teto dos veículos não foi devidamente fixado, e poderia acabar se separando do carro quando o motorista o estiver dirigindo. Do outro lado, parafusos próximos ao volante não foram devidamente apertados.
Via: CNBC