A rede social Parler continua buscando por serviços alternativos de hospedagem desde que a Amazon decidiu bloquear a plataforma de seus servidores. De acordo com o CEO John Matze, o Parler não possui os recursos financeiros necessários para conseguir hospedar a rede em servidores próprios.

Enquanto a rede não encontra uma nova opção de hospedagem, o portal Parler.com voltou ao ar no domingo (17) com uma mensagem de Matze: “Hello world, is this thing on?”, em tradução livre, “Olá mundo, essa coisa está ligada”. Este foi o primeiro sinal de que o serviço pode ser reativado em breve.

Vale lembrar que o Parler ficou conhecido como a rede social preferida de movimentos de extrema-direita nos EUA. Desde os protestos violentos e da invasão ao Capitólio, os aplicativos da rede foram removidos da Google Play e App Store.

Proteção contra ataques DDoS

Outra preocupação de Matze relaciona-se a ataques do tipo DDoS, onde um cibercriminoso pode travar um site simulando um grande número de acessos. Os servidores da Amazon ofereciam por padrão um recurso de proteção contra ameaças como essa.

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Para o Parler não ficar exposto a esse tipo de ataque, tudo indica que a rede social contratou os serviços da empresa russa DDoS-guard. Procurada pela CNN, a DDoS-guard se negou a descrever quais serviços pode estar oferecendo ao Parler.

Parler contrata novo serviço de proteção contra ataques do tipo DDoS. Imagem: Yuttanas/Shutterstock

A empresa só revelou que não pretende hospedar a rede social em seus servidores: “Nós não oferecemos serviços de hospedagem ao Parler.com. Qualquer cliente pode acessar e utilizar nossos serviços desde que suas atividades não sejam proibidas ou violem alguma lei em seu país de origem.”

Especialistas em cibersegurança ressaltam que o fato do Parler desviar o seu tráfego por uma empresa russa pode acabar gerando suspeitas, já que as informações dos usuários vão passar primeiro por servidores localizados em outro país. Chris Vickery, da empresa de segurança Upguard, diz que a canalização de tráfego é uma questão ainda mais importante do que descobrir qual empresa pretende hospedar a rede social no futuro.

Ainda segundo a publicação, as visitas ao portal Parler.com, de fato, direcionam para um endereço de IP relacionado à russa DDoS-guard. Ainda assim, não existem outras evidências que comprovem que a empresa esteja oferecendo sua infraestrutura, além do serviço de proteção e desvio de tráfego, para reativar a rede social.

Fonte: CNN