

O vice-presidente da Samsung Electronics e neto do fundador da empresa, Lee Jae-yong (ou Jay Y. Lee, como se apresenta no ocidente), não irá recorrer da sua sentença de prisão de dois anos e meio ao qual foi condenado na semana passada. A informação foi divulgada pela agência de notícias sul-coreana Yonhap, que cita um advogado de Lee.
Filho do bilionário Lee Kun-hee, presidente da Samsung, – que faleceu em outubro do ano passado -, Jay foi preso pela primeira vez em 2017 após um escândalo envolvendo sua sucessão dentro da empresa. O executivo foi acusado de oferecer propina no valor de 30 bilhões de won (R$ 148 milhões, na conversão direta) à então presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye.
Jay queria apoio do governo para assumir o cargo que foi de seu pai dentro da companhia. Naquele mesmo ano, Geun-hye seria removida do cargo em um processo de impeachment, sob várias acusações de corrupção – incluindo o caso envolvendo a Samsung.
Na decisão, o Tribunal Distrital Central de Seul afirma que o empresário “pagou voluntariamente e pediu à presidente que usasse seu poder para facilitar sua sucessão. É muito lamentável que a Samsung, a maior empresa do país e líder mundial em inovação, esteja repetidamente envolvida em crimes cada vez que o poder política muda”.
O pai do executivo, Lee Kun-hee, também foi condenado por subornar o presidente da Coreia do Sul, em 1995. Anos depois, em 2008, o ex-presidente da Samssung foi acusado de peculato e sonegação de impostos. Em maio passado, meses antes de falecer, Lee Kun-hee se comprometeu a não passar o controle administrativo da empresa para seus filhos.
Na mesma ocasião, Jay divulgou um pedido de desculpas público por seu papel na trama para obter a sucessão do cargo. Atualmente, a Samsung é administrada por uma equipe de executivos.