Quem procurou adquirir um console da nova geração nos últimos meses sabe a dificuldade de encontrar estoque disponível, não importa qual a sua plataforma de preferência. Agora, a Sony deu uma explicação para as dificuldades na produção e o baixo estoque do PS5: os semicondutores necessários para a montagem estão em falta.

“É difícil para nós ampliar a produção do PS5 em meio à escassez de semicondutores e outros componentes. Nós não temos conseguido alcançar a alta demanda dos nossos consumidores”, admite Hiroki Totoki, diretor financeiro da Sony em apresentação a investidores nesta quarta-feira (3), como relatado no site Ars Technica.

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Semicondutores são a base da tecnologia. Eles são o material crucial para componentes cruciais para qualquer aparelho eletrônico, sendo a base para os chips em processadores, placas de vídeo e armazenamento, por exemplo. O resultado é dificuldade para manter a linha de produção e sustentar o estoque do PS5.

A Sony não menciona diretamente a Covid-19, mas fala que as dificuldades são resultado da “situação global que mexeu com a capacidade industrial e reorganizou prioridades no mundo inteiro. Não só isso: o mercado de videogames viu um “boom”, com todas as empresas vendendo mais jogos e consoles, como resultado de mais pessoas procurando entretenimento doméstico, o que aumentou a demanda pela nova geração. A alta demanda, combinada com dificuldades de produção, só poderia resultar em escassez.

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Diante desse cenário, a Sony projeta que terá dificuldades em sustentar o estoque do PS5 pelos próximos meses. É um cenário similar ao da Microsoft, que confirmou que não prevê a normalização dos estoques dos novos Xbox pelo menos até a metade de 2021.

PlayStation é sucesso mesmo sem estoque

Mesmo com a demanda em baixa, a Sony vendeu 4,5 milhões de unidades do PlayStation 5 no ano de 2020, aumentando sua margem de vendas em 40% para a divisão de jogos da empresa. Lançado em novembro do ano passado, o atual aparelho, lançado nos EUA em 12 de novembro, foi o grande responsável pelos números recordes.

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De acordo com relatório do último trimestre, o lucro operacional ficou na casa de 359,2 bilhões de ienes (R$ 18,21 bilhões, na conversão direta) entre outubro e dezembro de 2020 – um aumento de 20% em relação ao mesmo período em 2019. As receitas também tiveram alta de 9%, fechando em 2,7 trilhões de ienes (R$ 140 bilhões).