A Covishield, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido, funciona contra a variante britânica do novo coronavírus. A afirmação é de cientistas da universidade e tem como base estudos em andamento, que ainda não foram revisados por outros especialistas.

Participaram do estudo voluntários com infecções sintomática e assintomática entre outubro de 2020 e janeiro de 2021. Segundo os pesquisadores, a fórmula diminui o tempo de eliminação da cepa britânica e da carga viral do organismo, o que pode representar uma menor taxa de transmissão da doença.

“Os dados indicam que a vacina protege tanto contra o novo coronavírus original quanto contra a variante britânica”, diz Andrew Pollard, investigador-chefe do estudo. Agora, os cientistas de Oxford buscam descobrir o quão eficiente é a Covishield contra a mutação sul-africana do novo coronavírus.

Ficou claro, entretanto, que a concentração de anticorpos neutralizantes contra a cepa britânica é inferior. Apesar disso, ela ainda é muito semelhante à obtida contra a variante original. Esses são os primeiros resultados relacionando a eficácia da Covishield a novas mutações. Agora, os pesquisadores estudam como modificar as vacinas atuais rapidamente contra cepas futuras.

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Sarah Gilbert, outra investigadora-chefe do estudo, explica que o novo coronavírus é menos propenso a mutações que o vírus influenza. “Mesmo assim, sempre imaginamos que novas variantes surgiriam até o ponto de ser necessário fazer uma nova versão das vacinas para manter o nível de eficácia”, comenta.

Estudos com outras vacinas

A Pfizer e a Moderna já anunciaram que seus imunizantes são capazes de neutralizar tanto a cepa britânica quanto a sul-africana do novo coronavírus. Os testes com as fórmulas foram feitos em laboratório.

Já a Janssen informa que sua fórmula tem 57% de eficácia contra a variante sul-africana. Outras duas vacinas, a da Sinopharm, e a da Academia Chinesa de Ciências Médicas, também neutralizaram a mutação da África do Sul em laboratório.

Fonte: Evening Standard