

Na terça-feira (9), a Nasa anunciou a escolha da SpaceX para enviar os primeiros módulos de sua estação lunar Gateway em maio de 2024. O acordo firmado entre a agência espacial americana e a companhia do bilionário Elon Musk gira em torno de US$ 331,8 milhões.
Daqui a três anos, a Nasa usará um foguete Falcon Heavy — veículo de lançamento reutilizável da SpaceX — para enviar os módulos Power and Propulsion Element (PPE) e Habitation and Logistics Outpost (Halo), estimados em US$ 375 milhões e US$ 187 milhões, respectivamente, à órbita da Lua.
Além de fornecer energia para a Gateway, o PPE permitirá que a estação lunar se mova para diferentes órbitas lunares, enquanto o Halo servirá como “abrigo” para os astronautas com destino ao satélite natural da Terra.
A ideia inicial da agência espacial americana era de lançar o PPE e Halo em missões separadas e acoplar os módulos de forma autônoma quando estivessem no espaço. No entanto, em 2020, funcionários da Nasa afirmaram que combinar os dois módulos e lançá-los juntos economizaria o custo da missão, bem como reduziria os riscos de um encaixe autônomo no espaço.
A estação lunar Gateway faz parte do ambicioso projeto Artemis da Nasa, cujo objetivo é enviar a primeira mulher e o próximo homem à Lua em 2024.
No entanto, o adiamento do lançamento dos módulos PPE e Halo em seis meses levanta dúvidas se a agência espacial americana será capaz de cumprir o prazo inicial para o projeto Artemis.
Em janeiro deste ano, também foi divulgado que a Nasa adiou o prazo de concessão de dois contratos de aterrisagem em dois meses, do final de fevereiro para o final de abril.
É certo que a Nasa tem concedido contratos para empresas privadas com o intuito de acelerar o cronograma do projeto Artemis. Mas todos esses atrasos, aliado ao fato de o financiamento de 2021 da agência ter ficado abaixo do esperado, são motivos de sobra para questionar se a agência espacial, de fato, retornará à Lua em 2024.
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