No dia 10 deste mês, a Uber Eats, aplicativo de delivery da Uber, entrou com uma representação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para se colocar como terceiro interessado no processo contra o iFood que foi aberto pelo Rappi no ano passado.

O Rappi entrou com uma denúncia contra os contratos de exclusividade criados pelo iFood com diversos restaurantes. E, segundo as empresas de delivery denunciantes, os acordos contém atitudes anticompetitivas, como punição aos restaurantes que entrarem em outras plataformas de entrega.

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No Cade, o terceiro interessado pode opinar, oferecer provas e testemunhas sobre um caso. E, no documento protocolado nesta semana, o Uber Eats afirma que o iFood possui exclusividade com 55% dos restaurantes TOP 100 do Brasil, além de 6 das 10 maiores pizzarias de São Paulo.

Na petição, o braço de delivery da Uber não condena os contratos de exclusividade, já que também possui o acordo com alguns restaurantes. A empresa afirma que o intuito desses acordos é beneficiar tanto a plataforma de entrega, quanto o restaurante, o que não acontece nos acordos do iFood.

“As leis de concorrência exigem uma avaliação para aferir se esses acordos de exclusividade impedem os esforços de novos players para entrar no mercado”, declarou a Uber Eats na petição no Cade.

O iFood se colocou a disposição do Cade para os esclarecimentos necessários e afirmou que vê com naturalidade a instauração do procedimento. “O iFood reforça, ainda, estar convicto de que o mercado é saudável e que as suas políticas comerciais são benéficas a todas as partes do setor de alimentação, sobretudo restaurantes e consumidores”, complementou o aplicativo.

Em dezembro de 2020, a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) já havia solicitado a entrada como terceiro interessado na ação promovida pelo Rappi.

Via: Folha de Pernambuco

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