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Após um breve impasse, o Ministério da Saúde confirmou nesta terça-feira (16) a compra de mais 54 milhões de doses da CoronaVac, a vacina contra Covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan.
A pasta já havia manifestado o interesse em adquirir o imunizante, mas o contrato só foi realmente assinado na segunda-feira (15), como informa o site G1.
O Butantan chegou a dar um ultimato ao Ministério da Saúde para que o acordo fosse selado rapidamente. O instituto afirmou que já tinha conversas com outros países para exportar a CoronaVac caso não houvesse acerto para distribuição nacional.
Com o acordo, toda a produção prevista até setembro pelo Butantan já está comprada pelo governo federal. A primeira parte do acordo com a Sinovac prevê a entrega de 46 milhões de doses, e a segunda, agora adquirida pelo Ministério da Saúde, inclui as outras 54 milhões.
A previsão do Butantan é de concluir a entrega da primeira fase da produção até abril. Já o restante do acordo só deve ser concluído em setembro.
O estado de São Paulo também negocia à parte com a Sinovac a entrega de mais 20 milhões de doses. Pelas indicações do governador João Doria, no entanto, o carregamento deve ser destinado especificamente aos habitantes do estado. Ainda não há demonstração de interesse em fornecer essas doses ao Plano Nacional de Imunizações.
Com o acordo de aquisição da CoronaVac, a Saúde amplia o portfólio de vacinas para o ano. Além do imunizante do Butantan, a pasta tem mais 42 milhões de doses previstas pelo consórcio Covax, sendo que 10 milhões estão previstas para este semestre. Além disso, o governo também conta com mais 200 milhões de doses da CoviShield, a vacina de Oxford/AstraZeneca, que serão produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ao longo de 2021.
Além disso, o Ministério da Saúde ainda confirmou negociação para aquisição de 30 milhões de doses de mais duas vacinas, sendo 10 milhões da Sputnik V, fruto de uma parceria entre o laboratório brasileiro União Química e o Instituto Gamaleya, da Rússia, e mais 20 milhões de doses da Covaxin, imunizante da Bharat Biotech, da Índia, que ainda não apresentou nenhum resultado de eficácia.
Esta post foi modificado pela última vez em 16 de fevereiro de 2021 20:33