Marcas chinesas como XiaomiVivo GlobalRealme e Oppo, dominaram, juntas, cerca de 70% do mercado indiano de smartphones em 2020. Os números são muito significativos, uma vez que a Índia possui uma população de 1,35 bilhão de habitantes, atrás apenas da própria China, com 1,39 bilhão.

Os dados foram apresentados em um relatório elaborado pela consultoria internacional IDC, e sugerem que a maior parte dos novos smartphones adquiridos na Índia foram produzidos por uma empresa sediada no país vizinho. Entretanto, o volume de vendas de smartphones no mercado indiano sofreu uma queda de 2%, a primeira após anos consecutivos de crescimento.

A Xiaomi se consolidou como a líder de mercado. Apesar de uma queda de 6% nas vendas no comparativo com 2019, a empresa de Haidian ainda detém 27% do mercado. Em segundo lugar, aparece a Samsung, com 18%, seguida pela Vivo Global, com 17%, Realme, com 14% e OPPO, com 12%.

A maior parte dos smartphones vendidos em território indiano são montados dentro do país. Entretanto, há uma forte dependência da China, de onde são importados componentes-chave para a produção dos aparelhos.

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Loja Oppo, marca chinesa de smartphone
Oppo foi a quarta empresa que mais vendeu smartphones na Índia. Imagem: Yusnizam Yusof/Shutterstock

Marcas chinesas: países passaram por impasses

Este domínio das gigantes chinesas na Índia se consolidou apesar de tensões entre os dois países em 2020. Em maio e junho, ocorreram confrontos na fronteira entre as duas nações. Os impasses, inclusive, geraram uma queda de 5,6% no comércio entre Índia e China em comparação com 2019. 

Além disso, o governo indiano proibiu uma série de aplicativos chineses de operarem no país, incluindo alguns extremamente populares, como o TikTok e o jogo online PUBG. A tendência, inclusive, é que as empresas de internet chinesas, como a ByteDance, vendam parte dos seus negócios para empresas indianas.

Havia o temor de que essa proibição também afetasse a importação de insumos para montagem dos aparelhos, porém, até o momento, essas restrições são exclusividade dos softwares, não afetando os fabricantes de hardware.

Fonte: The Next Web

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