Pela primeira vez, pesquisadores conseguiram abrir uma linha de comunicação bidirecional em tempo real com voluntários adormecidos durante um sonho lúcido, que é quando alguém se torna autoconsciente durante o sono. Ou seja, nesse estudo, os cientistas conseguiram “conversar” com pessoas que estavam dormindo e sonhando.

A experiência é semelhante à vivida por personagens de “A Origem” ou “Matrix”. Trata-se de uma excentricidade psicológica que há muito tempo desperta os interesses dos pesquisadores.

Comunicação durante o sonho é feita por movimentos oculares

Cientistas da Northwestern University e de várias instituições europeias puderam conversar com os chamados sonhadores lúcidos e fazer perguntas, recebendo respostas em tempo real na forma de movimentos oculares específicos.

Os participantes da pesquisa, publicada na revista Current Biology, se comunicaram com cientistas movendo os olhos para a esquerda e para a direita. Além de responderem perguntas simples, alguns chegaram a resolver problemas matemáticos.

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Os sonhadores relataram ter ouvido as vozes dos pesquisadores como uma espécie de narrador intangível, identificando-o claramente como algo vindo de fora de seu sonho.

Os cientistas conseguiram se comunicar com precisão com os sonhadores cerca de 18% das vezes. No entanto, outros 20% produziram respostas incorretas ou incoerentes, sugerindo que havia pelo menos alguma forma de comunicação em andamento.

Cientistas conversam pela primeira vez com pessoas durante o sonho
Voluntários se comunicaram por meio de movimentos oculares. Imagem: Pexels

Estudo pode desvendar mistérios sobre a estrutura do sono

Para Karen Konkoly, autora principal da pesquisa, comemora os resultados. “É um tipo de experimento imediatamente gratificante de se fazer. Você não precisa esperar para analisar seus dados ou algo parecido. Você pode ver isso aí enquanto eles ainda estão dormindo”, afirmou.

Estudos deste tipo pode ajudar os pesquisadores a obter um novo nível de percepção sobre o conteúdo e a estrutura do sono – sem mencionar a abertura de novas fronteiras para a tecnologia, entretenimento e, quem sabe, até mesmo comercialização de sonhos.

Fonte: Futurism

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