Boris Johnson, o primeiro-ministro britânico, disse nesta segunda-feira (22) em Londres que as vacinas existentes atualmente para combater o novo coronavírus logo darão proteção também contra suas variantes. Como ocorre com outros imunizantes, como o da gripe, por exemplo, as farmacêuticas não param de trabalhar para atualizá-los: assim que uma nova cepa é identificada, ela já é incluída nas novas versões da fórmula.

Um acordo fechado recentemente com a Alemanha deve levar ao Reino Unido 50 milhões de doses da CureVac para essas novas variantes. Outros desenvolvedores, como os parceiros AstraZeneca e Universidade de Oxford, também buscam para aprimorar suas vacinas para que elas protejam contra as novas mutações. E esse trabalho não deve parar.

Segundo Johnson, todas as vacinas atuais são eficazes na redução de mortes e doenças graves. “Não temos razão para duvidar de que são eficazes na redução de mortes e doenças graves com as novas variantes”, diz. “Em alguns meses, veremos novos imunizantes para derrotar as cepas que escapam das fórmulas convencionais.”

No Brasil, novas cepas preocupam

Os especialistas suspeitam que as variantes do novo coronavírus têm maior capacidade de transmissão. Estados brasileiros como Acre e Amazonas – que já sofreram perdas assustadoras com a primeira e a segunda ondas da pandemia – atualmente somam mais de 70 casos confirmados da mutação brasileira, identificada como P.1. Uma terceira onda já está prevista.

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Vírus sofrem mutações o tempo todo – graças à velocidade com que se reproduzem nos mais diversos indivíduos que conseguem infectar. A cepa de novo coronavírus identificada como brasileira e denominada P.1 foi descoberta inicialmente no Japão. Ela foi encontrada em quatro cidadãos que voltaram ao país depois de uma temporada no Amazonas.

Fonte: Uol