Cerca de 84% dos executivos financeiros não pretendem manter o bitcoin como um ativo financeiro. É o que indica pesquisa realizada pelo Gartner neste mês com 77 executivos (incluindo 50 CFOs).
Alexander Bant, chefe de Pesquisa da Prática de Finanças do Gartner, afirmou que a volatilidade da moeda representa um alto risco financeiro na visão dos entrevistados na pesquisa. “Seria extremamente difícil mitigar o tipo de oscilação de preço visto na criptomoeda nos últimos cinco anos”, afirmou.
Recentemente o bitcoin quebrou recordes com um salto de 2,6%, atingindo supreendentemente uma capitalização de mercado de US$ 1 trilhão. Um dos principais motivos pela alta da moeda são os sinais de aceitação que estão partindo de grandes empresas e investidores, como Tesla, Mastercard e BNY Mellon.
Porém, a aceitação da criptomoeda como forma de pagamento ainda caminha lenta e para 38% dos CFOs entrevistados pelo Gartner, isso pode ser um problema.
“Existem muitas questões não resolvidas quando se trata do uso de bitcoin como um ativo corporativo”, declarou Bant. “É improvável que a adoção aumente rapidamente até que tenhamos mais clareza sobre esses desafios”.
Os executivos ainda apontaram problemas como aversão ao risco do conselho (39%), preocupações regulatórias (32%) e falta de experiência com criptomoedas (30%). Cerca de 71% dos pesquisados também disseram que gostariam de entender o que os outros estão fazendo com a moeda digital.
Segundo a pesquisa, 68% dos executivos relatam querer ouvir mais dos órgãos reguladores sobre o bitcoin. O que, para o especialista do Gartner, é algo comum já que os líderes financeiros não estão propensos a dar saltos especulativos em territórios desconhecidos, a fim de garantir a estabilidade financeira.
Apenas 16% dos entrevistados se mostram dispostos a adotar a criptomoeda como parte da estratégia financeira de sua empresa. Porém, desses que acreditam na moeda digital, apenas 5% disseram que começariam a adotá-la ainda este ano, enquanto 9% pretendem reter bitcoin a partir de 2024 e 1% pretende aderir a prática entre 2022 e 2023.
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