Polêmica envolvendo mudanças no app tornam necessário que empresas saibam o que fazer para não colocar dados sensíveis em risco no ambiente virtual.

Muito tem se falado sobre as novas regras de privacidade do WhatsApp. Anunciada em janeiro deste ano, a atualização gerou tanta polêmica que os desenvolvedores do app resolveram adiar a implementação da nova política que, agora, só deve acontecer em maio.

Um dos principais comentários foi referente aos usuários que afirmaram partir em busca de um novo mensageiro, temendo o que aconteceria com a privacidade dos seus dados. Lembrei que muitas foram as empresas que passaram a utilizar o app como canal oficial de comunicação entre as equipes após o início do home office. A pergunta que ficou na minha cabeça foi: e a segurança das corporações?

Bem… é fato que o WhatsApp está em constante atualização de recursos e ferramentas que atuam na melhoria da privacidade dos usuários. Um dos principais recursos é o duplo fator de autenticação, já presente em inúmeros apps e fundamental para garantir a segurança e evitar diferentes tipos de ciberataques que utilizam a plataforma como porta de entrada. Mas, e o que mais é preciso saber para evitar tais problemas?

Li em um artigo um resumo sobre o que, evidentemente, deve mudar com a nova política de privacidade. Como meu foco, aqui, são as corporações, vamos lá… Pelas novas regras, o WhatsApp vai permitir que as empresas possam terceirizar o armazenamento e o gerenciamento de mensagens trocadas com clientes a provedores externos, o que reforça a importância de ativar o duplo fator de autenticação nos smartphones, visto que, se um terceiro irá gerenciar esses dados, é recomendado investir na proteção deles, não é?

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Outra alteração será com relação à criptografia de ponta a ponta, algo tão comemorado pela plataforma quando lançado. Ela continuará sendo uma configuração padrão e obrigatória, mas detalhe: isso só deve acontecer em grupos e conversas com outros indivíduos. Nas conversas com contas de negócios que tenham contratado um provedor externo, a conversa será outra – uma provável consequência do ponto que citei anteriormente. Essas conversas e os dados gerados nelas vão poder ser usados pelas empresas para fazer direcionamento de anúncios em outras plataformas lideradas por Mark Zuckerberg, como o Facebook e o Instagram, por exemplo.

Novas regras do WhatsApp, que só entram em vigor no mês de maio, seguem causando polêmica entre usuários. Imagem: Rahul Ramachandram/Shutterstock

Segurança em conjunto

Antes que pareça que estou julgando o nível de segurança do WhatsApp, eu explico: essas dicas devem ser levadas em consideração para qualquer atividade realizada virtualmente. Ainda que saibamos que nenhum software ou aplicativo é 100% seguro, já que os cibercriminosos estão em constante evolução, é importante reconhecer que uma gama de empresas decidiu utilizar apps de mensagens instantâneas – seja pela rapidez ou mesmo pela facilidade em falar com um colega. E é por isso que, mais uma vez, diretores de equipes de TI e os próprios colaboradores precisam prestar atenção aos riscos aos quais os usuários estão expostos ao trocar mensagens e trabalhar, arduamente, na precipitação de falhas com esses recursos.

O que precisa estar muito claro é a questão da privacidade. Ou seja, mesmo que você esteja se sentindo seguro, não é recomendado compartilhar dados sensíveis ou sigilosos da sua empresa por meio de quaisquer tipos de aplicativos.

Para essa comunicação, existem outras possibilidades como o uso de uma VPN ou mesmo um sistema de comunicação interna, o que previne ciberataques e outras ameaças para corporações e seus colaboradores.

Mais do que apenas buscar por um novo app ou uma nova ferramenta, é crucial estar informado sobre o que acontece no ambiente virtual para, assim, lidar com os desafios que aparecem de maneira segura. Por isso, lembre-se: tenha sempre em mente recursos que podem ser utilizados para melhorar a privacidade da sua empresa ou da sua casa. A ESET é uma das empresas que atua com esse objetivo, mas contar com a conscientização dos usuários também é fator crucial na luta contra o cibercrime.