Um grupo de pesquisadores desenvolveu um novo condutor para baterias de íons de sódio em estado sólido, que é estável quando incorporado em cátodos de óxido de alta voltagem, o novo material, batizado de NYZC, pode representar o futuro das baterias.

Este eletrólito pode melhorar significativamente a eficiência e a vida útil das baterias de íons de sódio, já que o protótipo construído em laboratório atingiu uma duração de mais de 1000 ciclos, mantendo uma taxa de 89,3% de sua capacidade. Este resultado foi bastante superior ao atingido por outras baterias de sódio de estado sólido.

A descoberta do NYZC pode significar um caminho para que a indústria possa finalmente adotar as baterias de íon de sódio, que prometem ser mais baratas e ecológicas, já que o sódio é um material mais abundante e que tem um processo de extração menos agressivo em comparação à tecnologia de íons de lítio, que é a mais usada atualmente.

O estudo foi um esforço conjunto de pesquisadores das Universidades da Califórnia de San Diego e Santa Barbara, além da Universidade Stony Brook, de Nova York, do Centro TCG para Pesquisa e Educação em Ciência e Tecnologia de Calcutá, da Índia e da Shell e foi publicado na edição de 23 de fevereiro da Nature Communications.

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Pesquisador segura uma bateria de sódio
Alto custo de produção ainda é um entrave para a escalabilidade do produto. Crédito: Vincent Guilly/CEA Tech

Atualmente, a grande dificuldade dos pesquisadores que estudam baterias de íon de sódio é encontrar um material que seja um bom condutor de energia para as baterias com custo relativamente baixo. O NYZC ainda não é este material, mas pode ser a chave para a descoberta dele.

“A indústria quer que baterias em nível de célula custem de US$30 a US$ 50 por kWh”, afirmou Shirley Meng, professora de nanoengenharia da Universidade da Califórnia em San Diego. Valor que é cerca de um quinto do que as baterias custam hoje.

Embora a questão do custo ainda seja um entrave, a equipe promete trabalhar em opções para tornar as baterias mais baratas e escaláveis. Uma delas é a substituição dos materiais de haleto com o objetivo de aumentar a densidade de energia geral da bateria. “Não vamos parar até chegarmos lá”, promete Meng.

Via: Tech Xplore

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