Neste sábado (27), o avião com o segundo e terceiro lotes do insumo para produção da Covishield, a vacina contra a Covid-19 produzida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido, chega ao Rio de Janeiro vindo de Pequim.

Essa matéria-prima é o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). O material será usado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para produzir cerca de 12 milhões de unidades de imunizante. A Fiocruz envasa a fórmula desde 12 de fevereiro: o primeiro lote de IFA tinha 90 litros e foi suficiente para a produção de 2,8 milhões de doses.

Entre 15 e 19 de março, o primeiro 1 milhão de vacinas produzidas no Brasil serão entregues à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). É ela que dará o aval para a utilização do imunizante.

Na terça-feira (23) outro carregamento, com 2 milhões de doses, desembarcou em São Paulo e foi encaminhado diretamente ao Rio de Janeiro para adequação às normas brasileiras. Essa remessa veio da Índia já pronta para distribuição.

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Próximos passos

A Fiocruz informa que a produção de vacinas será escalonada ao longo dos primeiros meses para manter a meta de entrega de 100,4 milhões de doses ao governo federal até julho. Isso está de acordo com o “Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19”, divulgado em 16 de dezembro de 2020.

No segundo semestre deste ano, deve ser concluída a transferência de tecnologia para a Fiocruz e não será mais necessário importar o IFA, que passará a ser produzido em Bio-Manguinhos. Entre agosto e dezembro, deve ser produzidas mais 110 milhões de doses do imunizante na instituição.

Como é a produção

O primeiro passo é a formulação. Nessa etapa, o IFA é diluído e recebe uma solução para garantir a manutenção das propriedades da vacina e possibilitar seu armazenamento de 2 a 8ºC.

Depois, vem o envase. Nesse momento, o líquido é inserido em pequenos frascos de vidro – aqueles que são enviados aos postos de saúde. Todo o processo é automatizado.

Em seguida, os recipientes já com o imunizante são fechados com uma rolha de borracha e recebem um lacre de alumínio. Esse processo é conhecido como recravação.

A última etapa é o controle de qualidade. Para garantir a integridade e a segurança das vacinas, elas passam por uma análise minuciosa no Controle de Qualidade interno de Bio-Manguinhos.

Via: G1 Rio