A pesquisa brasileira publicada na semana passada na revista Virus Research comprova a coinfecção por duas variantes do novo coronavírus.

Essa foi a primeira vez que foram encontradas duas linhagens distintas do microrganismo causador da Covid-19 em pacientes com a doença.

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Fernando Spilki, virologista e coautor do estudo, aponta que o achado é inédito no mundo, mesmo sendo esperado no caso dos coronavírus.

A principal preocupação da coinfecção por duas cepas não é o agravamento da doença, mas a produção de linhagens mais agressivas ou com maior poder de transmissão.

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O estudo foi realizado em conjunto pelo Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale, em Novo Hamburgo, e pelo Laboratório Nacional de Computação Científica, de Petrópolis.

Os cientistas fizeram o sequenciamento genético do material coletado de 92 pacientes infectados e identificaram cinco variantes do novo coronavírus.

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Entre os pacientes, duas mulheres apresentaram a infecção simultânea por duas linhagens. Felizmente, as duas tiveram sintomas leves da doença.

A descoberta reforça a importância da vacinação, que também evita o aparecimento de novas cepas do coronavírus.