A norte-americana Honeywell anunciou nesta quinta-feira (11) que conseguiu quadruplicar o poder de processamento de seu computador quântico System Model H1. Quando lançado no ano passado ele tinha 128 QV (Quantum Volume, ou Volume Quântico), mas a nova versão, que usa 10 “bits quânticos” (qubits), tem 512 QV.

O computador quântico da Honeywell é construído com base no conceito de íons aprisionados, em contraste a modelos do Google ou IBM, que trabalham com qubits supercondutores. Em agosto passado a IBM anunciou um computador quântico com 27 qubits e 64 QV.

O volume quântico é uma métrica desenvolvida pela IBM para calcular a capacidade de processamento de um computador quântico, levando em conta o número de qubits em um sistema e o tempo de “decoerência”, ou seja, o tempo necessário para ocorra a perda de informação a partir de um sistema quântico para o ambiente.

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O número final é um agregado de muitas outras medições e testes das operações de um único sistema quântico. É por isso que é possível que um sistema quântico alcance um alto volume quântico, mesmo com poucos qubits.

“O que torna nossos computadores quânticos tão poderosos é ter qubits da mais alta qualidade, com as menores taxas de erro. É uma combinação do uso de qubits idênticos e totalmente conectados”, disse Tony Uttley, presidente da Honeywell Quantum Solutions.

Parte de um computador quântico da Honeywell.
Parte de um computador quântico da Honeywell. A versão mostrada na imagem tem 64 QV. Imagem: Honeywell

Ao disponibilizar esses sistemas a seus clientes, a Honeywell permite que eles testem e experimentem com aplicativos de pequena escala enquanto esperam que a empresa projete e construa novas gerações de computadores quânticos mais capazes, de acordo com Uttley.

A Honeywell introduziu recentemente o primeiro plano baseado em assinatura para o uso do System Model H1, que concede aos clientes pagantes um acesso mensal à máquina. A sociedade gestora de participações sociais J.P. Morgan Chase, por exemplo, investiga como um computador quântico pode otimizar operações bancárias. Já a BMW planeja usar o hardware da Honeywell para otimizar a cadeia de suprimentos da fabricação de automóveis.

Fonte: ZDNet