Você pode nunca ter ouvido falar de Whitney Wolfe Herd, mas seu nome hoje equivale a uma fortuna acumulada a US$ 1,5 bilhão. A norte-americana conseguiu chegar a esse patamar, aos 31 anos, após o IPO (Oferta Pública Inicial) da sua empresa, a Bumble, uma rede social especializada em encontros, seja para relacionamentos amorosos ou não.

Assim, ela assumiu o posto da bilionária mais jovem atualmente, sem ser herdeira direta de alguma fortuna familiar. E não apenas isso: ela também conquistou a posição de CEO mulher mais jovem na história dos Estados Unidos a abrir capital de uma empresa.

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Mas, afinal, quem é Whitney Wolfe Herd?

Bumble logo
Aplicativo de relacionamentos tem como principal diferencial o fato de apenas mulheres poderem iniciar conversas. Crédito: Michele Ursi/Shutterstock

Como tudo começou

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A carreira da empresária começou aos 20 anos, quando ela iniciou o “Help Us Project”, um projeto que visava a venda de ecobags feitas de bambu orgânico, com vendas revertidas em prol de áreas afetadas pelo derramamento de óleo decorrente da explosão da plataforma Deepwater Horizon, em 2010​, no Golfo do México (Estados Unidos).

Nessa época, seu nome ganhou conhecimento nacional, especialmente após celebridades serem fotografadas com suas bolsas.

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Após esse primeiro empreendimento de sucesso, Whitney fez uma parceria com o designer Patrick Aufdenkamp e abriu a “Tender Heart”, especializada na confecção de roupas que tinha como mensagem principal conscientizar as pessoas sobre tráfico humano e comércio justo.

Em 2012, Whitney foi convidada a participar do time de desenvolvimento do que se tornou, alguns anos depois, o famoso aplicativo de encontros Tinder.

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Em 2014, ela deixou a empresa e entrou com um processo contra os ex-colegas fundadores do app por discriminação e assédio sexual.

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A ascensão de Whitney Wolfe

Depois do processo, ela decidiu fundar a própria empresa de relacionamentos em 2014. Assim nasceu a Bumble e, apesar de o app aceitar o cadastro de homens e mulheres, apenas pessoas do sexo feminino poderiam iniciar as conversas – esse era o principal diferencial da rede que posteriormente ficou conhecida como “o Tinder feminista”.

Com a bandeira em prol das mulheres e o histórico que a seguia, Whitney fez com que o negócio deslanchasse. No mesmo ano da fundação, a executiva entrou para a lista das 30 mulheres mais importantes da tecnologia com menos de 30 anos, da Business Insider.

Em 2017, Whitney figurou na lista dos Under 30 da Forbes, também em tecnologia de consumo.

Um ano depois, ela entrou para a lista da Time das 100 pessoas mais promissoras para se ficar de olho e a Bumble, por sua vez, foi avaliada em mais de US$ 1 bilhão na mesma época.

E, agora, ela faz parte da seleta lista de bilionários mundiais, ao lado de nomes como Jeff Bezos, Bill Gates e Mark Zuckerberg.

Hoje, a Bumble não é apenas uma rede de encontros amorosos, mas também de amigos e relacionamentos corporativos, com dois recursos lançados posteriormente: o BFF e o Bizz, respectivamente.

Em 2020, a empresa registrou uma receita de US$ 582,2 milhões, acima dos US$ 488,9 milhões registrados em 2019. Em fevereiro deste ano, a empresa reportou 40 milhões de usuários ativos.

Via: Forbes, Nasdaq e Bumble