A Microsoft afirmou que 92% dos servidores Exchange expostos à internet já receberam correções contra um conjunto de vulnerabilidades “zero day” que estavam sendo ativamente exploradas por hackers, incluindo grupos ligados a países como a China.

A equipe de resposta a incidentes de segurança da empresa afirmou em um tuíte que vê um “forte movimento” em direção à aplicação de patches e ferramentas para mitigação da vulnerabilidade, com um crescimento de 43% no número de servidores protegidos em relação à semana passada.

publicidade

Segundo a Microsoft, quatro vulnerabilidades estavam relacionadas a ataques: CVE-2021-26855, 26857, 26858 e 2706. Outras três pareciam ainda não estar sendo exploradas: CVE-2021-26412, 26854 e 27078.

Elas permitiam a malfeitores acessar o conteúdo de caixas postais, adicionar usuários a um sistema ou escrever arquivos no disco, técnica que poderia ser usada para entregar ferramentas usadas para instalação de malware.

publicidade

Leia mais:

De acordo com Charles Carmakal, vice-presidente sênior da empresa de segurança FireEye, a Microsoft fez um “trabalho excepcional” ao contatar seus clientes e disponibilizar ferramentas para combater a onda de ataques.

publicidade

Entre elas está uma “ferramenta de mitigação”, que com um clique reescreve algumas URLs do servidor e interrompe a cadeia de eventos que levaria a um ataque bem-sucedido. Usuários só precisam aplicar as atualizações mais recentes no Windows Update para se proteger.

Apesar da boa notícia, não é hora de baixar a guarda. A aplicação das correções não remove infecções já existentes. Administradores de servidores vulneráveis devem ficar atentos a indicadores de que seus sistemas foram comprometidos, e realizar uma auditoria completa de segurança para se certificar de que não tenham sido atacados antes da aplicação de uma correção.

publicidade

Em declaração à ZDNet o consultor sênior de segurança da F-Secure, Antti Laatikainen, afirmou que “dezenas de milhares de servidores já foram infectados em todo o mundo. Eles estão sendo atacados mais rápido do que podemos contar. Globalmente, este é o começo de um desastre”.

Fonte: ZDNet