Pesquisadores irlandeses apresentaram a primeira prova sobre o real significado das “aranhas de Marte”. Segundo o estudo, as sombras em formato de aracnídeos são derivadas do gelo seco presente no solo marciano se transformando em gás. A ideia foi comprovada pelos cientistas da Trinity College Dublin com a recriação da atmosfera do planeta vermelho em laboratório.

De acordo com a pesquisa publicada no final de março na revista Scientific Reports, os cientistas foram capazes de criar versões menores das formações em um laboratório ao pressionar gelo seco contra sedimentos mais quentes em uma atmosfera semelhante à de Marte, o que gerou marcas parecidas às “aranhas” marcianas enquanto o gelo se sublimava e se projetava para fora.

Os padrões que se formaram após o experimento.
Os padrões que se formaram após o experimento.
Imagem: Reprodução/McKeown et al., Sci Rep, 2021

“Esta pesquisa apresenta o primeiro conjunto de evidências empíricas para um processo de superfície que pode modificar a paisagem polar de Marte”, disse a cientista planetária da Open University e principal autora do estudo, Lauren McKeown. “Os experimentos mostram diretamente que os padrões de aranha que observamos em Marte em órbita podem ser esculpidos pela conversão direta de gelo seco de sólido em gasoso”, complementou.

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Os pesquisadores irlandeses conseguiram a primeira evidência da já conhecida “hipótese de Kieffer”, na qual o geofísico Hugh Kieffer e seus colegas propuseram que o dióxido de carbono congelado sofre sublimação durante a primavera do planeta vermelho. E, conforme a mudança de estado, do sólido para o gasoso, o composto aquece e se expande, quebrando o gelo da superfície para que o gás consiga sair. O processo faz com que o gás ejetado deixe para trás os canais conhecido como as “aranhas de Marte”.

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