O Facebook não está muito interessado que seus usuários saibam do vazamento de dados que afetou 533 milhões de contas. Um porta-voz da empresa disse na última quarta-feira (7) que a plataforma não pretende notificar o público sobre isso.

Na realidade, a rede social considera “desnecessário” o aviso uma vez que o vazamento não é novo. Os dados foram coletados em 2019, mas só ficaram públicos no último fim de semana, após um hacker publicar as informações em um fórum.

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Outro ponto dito pelo porta-voz é que os usuários nada podem fazer em relação ao vazamento, uma vez que já ocorreu há quase dois anos, o que tornaria o aviso irrelevante. A companhia ainda destaca que na época da falha fez um acordo sobre o caso com a FTC (Federal Trade Commission).

Explicações da empresa

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Apesar de não avisar os usuários dentro da plataforma, o Facebook publicou em seu blog oficial para usuários um post com informações sobre o recente vazamento. Segundo a empresa, os dados não são resultado de uma invasão aos seus sistemas, mas sim do uso de uma técnica conhecida como scraping (raspagem ou coleta de dados), onde ferramentas automatizadas são usadas para coletar dados em páginas e perfis publicamente disponíveis.

Mais especificamente, segundo o Facebook, os dados teriam sido coletados antes de setembro de 2019, com malfeitores “abusando” de uma ferramenta de importação de contatos para obter uma quantidade limitada de dados sobre um perfil.

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O Facebook afirma que os dados de usuários não incluem informações financeiras, de saúde ou senhas, e que assim que o “abuso” da ferramenta de importação de contatos foi detectado, a ferramenta foi modificada para impedir que ele continuasse a acontecer.

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Autoridades alertam que um banco de dados desse tamanho é um prato cheio para os criminosos, que podem vender essas informações para outros grupos e empresas ou até mesmos utilizá-las para tentar roubar os usuários.

Via GizChina