Após levantar US$ 485 milhões em novos fundos, a startup mexicana de carros usados Kavak acaba de atingir US$ 4 bilhões em valor de mercado. O montante arrecadado será reinvestido na expansão das operações da companhia — que hoje atua no México e na Argentina —, a começar pelo Brasil.

De acordo com o presidente da Kavak, Carlos Garcia, a intenção é de que a empresa estreie em solo tupiniquim já nos próximos meses. Inclusive, o executivo acredita que o Brasil vai superar os dois atuais mercados da Kavak.

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“Nós definitivamente prevemos o Brasil como o maior mercado para a Kavak”, afirmou Garcia em uma entrevista na última segunda-feira (5).

A entrada em solo brasileiro será possível graças aos US$ 485 mil arrecadados na rodada de financiamento da Série D, que foi liderada pela D1 Capital Partners, Ribbit Capital, BOND e Founders Fund Management.

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Unidade da Kavak
Startup mexicana se prepara para entrada no mercado brasileiro. Foto: Kavak/Divulgação

Quando concluída sua entrada no mercado brasileiro, a Kavak será uma rival de peso no setor de carros usados. Isso porque a startup cresceu rapidamente desde sua fundação, em 2016, e não à toa, tornou-se o primeiro “unicórnio” — quando uma startup ultrapassa o valor de mercado de US$ 1 bilhão — mexicano.

Por meio de sua plataforma online, a Kavak espera simplificar a compra e venda de carros usados em mercados emergentes, lugares onde os clientes geralmente sofrem com fraudes e barreiras na obtenção de empréstimos.

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Planos ambiciosos

O rápido crescimento da Kavak parece seguir no mesmo ritmo do apetite da startup. Mesmo sem efetivar sua chegada no Brasil, a Kavak já alça voos ainda maiores: a empresa também estuda expandir suas operações em outros países da América Latina nos próximos 12 meses.

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E nem mesmo a América parece ser suficiente para o primeiro unicórnio mexicano. Isso porque Garcia espera levar o negócio para outros continentes nos próximos dois anos.

“Cruzar o Atlântico é uma das nossas ambições”, disse o presidente da Kavak. “Vemos muitos mercados — na Europa, no Sudeste Asiático, no Oriente Médio — onde poderíamos ter um valor significativo”, completou.

Via: Estadão