Febre entre os usuários de redes sociais em todo o mundo, o aplicativo de vídeos TikTok, do grupo chinês ByteDance, esclarece que seu regimento interno não admite veiculação de qualquer tipo de propaganda política paga no Brasil. Ao menos neste momento, essa é a postura vigente na empresa, que reforça que a proibição se refere à situação atual, não incidindo ainda sobre as eleições de 2022.
Em comunicado, a companhia afirmou que “a natureza desses anúncios não se encaixa com a experiência que os usuários buscam no aplicativo”. Essa regra é aplicada em todos os países onde o Tiktok é utilizado. A determinação teria iniciado em 2019, com a remoção de todo e qualquer vídeo no mundo que desagradasse o governo chinês, segundo o The Guardian. Aos poucos, a norma foi se tornando mais abrangente.
Nas eleições municipais de 2020, o aplicativo firmou uma parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para combater notícias falsas na rede, além de oferecer um guia com dados oficiais sobre o processo eleitoral aos usuários.
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Anúncios são responsáveis por grande parte da receita
De acordo com o Tiktok For Business, divisão da empresa responsável pelas publicidades pagas no Brasil desde novembro, a criação de conteúdo orgânico, mesmo de cunho político, está liberada. Entretanto, tudo será monitorado pela equipe responsável pela fiscalização. Essa equipe conta com ferramentas de inteligência artificial capazes de supervisionar conteúdos inadequados 24 horas por dia.
Grande parte da receita da empresa vem das propagandas, divulgadas tanto no feed ou por meio de hashtags patrocinadas por marcas. Por essa razão, anúncios ligados a outros temas, que não eleitorais, ainda são permitidos, desde que atendam corretamente às normas da plataforma.
No ano passado, a rede removeu mais de 89 milhões vídeos em todo o mundo por violação de diretrizes da comunidade ou termos de serviço. Tal número representa menos de 1% de todos os vídeos carregados no TikTok, segundo a empresa. Entre os materiais removidos, cerca de 3,5 milhões de anúncios infringiam políticas de publicidade.
Fonte: Valor Econômico
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