Um acidente envolvendo um carro da Tesla deixou dois homens mortos na cidade de Houston, no Texas, no último sábado (17). As autoridades que investigam o ocorrido acreditam que o veículo estava no piloto automático e sem ninguém no banco do motorista

Uma das vítimas estava no banco do passageiro e a outra estava no banco de trás do carro, que viajava em alta velocidade ao longo de uma curva, quando bateu em uma árvore. O acidente ocorreu por volta das 23h30 do horário local e deixou o veículo completamente destruído. 

“Nossa investigação preliminar está determinando que não havia ninguém ao volante daquele veículo”, declarou o chefe da investigação, Mark Herman. “Temos quase 99,9% de certeza”, completou o oficial. 

A equipe de bombeiros levou em torno de quatro horas para conseguir apagar o incêndio gerado depois da batida. Acredita-se que essa demora foi conta da capacidade das baterias dos Teslas de reacenderem após serem danificadas. 

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Até o momento, os investigadores não conseguiram determinar se o airbag do banco do carona disparou após o impacto ou se o sistema avançado de assistência ao motorista, conhecido como Autopilot, estava ativado no momento do acidente. 

A Tesla recomenda que o sistema de assistência seja usado somente com os motoristas atentos e prontos para assumirem o controle do veículo em caso de necessidade. Segundo a montadora, dirigir com o Autopilot ativado é mais seguro do que guiar sem ele. 

Sistema é alvo de críticas

Veículo Model 3 da Tesla andando por meio de direção assistida
Especialistas acreditam que a Tesla não previne que o sistema seja usado de maneira incorreta. Crédito: Whole Mars Catalog/YouTube

De acordo com especialistas em segurança automotiva, a Tesla não teria feito o bastante para que seus motoristas não dependessem muito dos recursos do sistema ou fizessem uso dele em situações para o qual ele não foi projetado, como a utilização sem alguém no assento do motorista. 

A empresa também é criticada pela forma que descreve o sistema em sua comunicação de marketing, usando termos como “direção totalmente autônoma” ou “piloto automático”, o que pode induzir seus usuários a acreditarem que o software tem capacidades que na verdade ele não possui. 

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Em seu site, a Tesla descreve o sistema da seguinte forma: “O Autopilot e a capacidade de direção autônoma total destinam-se ao uso com um motorista totalmente atento, que tem as mãos no volante e está preparado para assumir a qualquer momento”, mas ressaltando que os recursos não fazem do veículo autônomo. 

A empresa se defende das acusações afirmando que não acredita ser necessário limitar onde os motoristas têm ou não permissão para usar seu sistema de assistência avançada. Segundo eles, independentemente de onde a pessoa que controla o carro esteja, o veículo estará sob o controle dela. 

Com informações do The Wall Street Journal 

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