Em 19 de abril de 1971, a União Soviética realizou um feito inédito: colocou em órbita a primeira estação espacial da humanidade. Batizada de Salyut 1, ela abriu o caminho para todas as outras, como a atual Estação Espacial Internacional, e a futura Lunar Gateway.

O projeto nasceu da necessidade dos soviéticos de conseguir uma “vitória” sobre os Estados Unidos na corrida espacial: o país foi o primeiro a colocar em órbita da terra um objeto, o Sputnik, animais, como a dupla Belka e Strelka, e uma pessoa, o cosmonauta Yuri Gagarin. Mas os soviéticos perderam o “grande prêmio”: o envio de um homem à Lua.

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Uma estação espacial seria o próximo marco na corrida, e a União Soviética decidiu modificar o projeto de uma estação espacial militar que já estava em desenvolvimento para uma missão “civil”.

A Salyut 1, mostrada aqui em uma reprodução animada, era um cilindro com cerca de 20 metros de comprimento e 4 metros de diâmetro, dividido em quatro compartimentos, dos quais três eram pressurizados e dois podiam ser ocupados pela tripulação, com o restante contendo equipamentos e tanques de água, ar e combustível.

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A primeira tripulação partiu depois, e a chegou a ficar na estação por 23 dias, completando 362 órbitas ao redor da Terra enquanto estudavam a geologia e geografia terrestres, testavam equipamentos e investigavam os efeitos de um periodo prolongado de gravidade zero no corpo humano.

Um incêndio fez com que a tripulação tivesse de retornar à Terra, mas infelizmente, uma válvula na espaçonave Soyuz se abriu durante a reentrada, e causou a despressurização e a morte de todos os três cosmonautas.

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Após 175 dias em órbita, a Salyut 1 reentrou na atmosfera terrestre e caiu no Oceano Pacífico. Os norte-americanos só lançariam a primeira estação espacial, a Skylab, em 1973.

Hoje, russos e norte-americanos dividem a ISS, lançada em 1998, com mais 14 países, em um programa conjunto de exploração espacial onde compartilham recursos e conhecimento. A estação deve continuar em órbita até 2030.

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