Crateras gigantes estão aparecendo na Turquia devido a severa seca que o país enfrenta há anos. Os enormes buracos capazes de engolir ônibus estão aparecendo com maior frequência nas regiões agrícolas e se aproximando cada vez mais das residências.

Os buracos surgem à medida que os agricultores coletam a água do solo para a irrigação das plantações. Com isso, o solo fica seco e as cavernas subterrâneas se tornam incapazes de aguentar o peso da superfície e acabam cedendo, formando esses gigantes assustadores.

publicidade

Tahsin Gundogdu, agricultor de 57 anos, afirmou que a situação da seca está piorando cada vez mais e que o número de buracos no solo vem aumentando nos últimos 15 anos. O problema aparentemente é uma “bola de neve” pois, com a seca mais severa, a água do solo se torna mais necessária, já que outros métodos para coleta são mais caros.

O professor do Centro de Pesquisa de Poços da Universidade Técnica de Konya, Fetullah Arik, informou que contou aproximadamente 600 crateras gigantes na planície de Konya, número que representa um aumento significativo dos 350 buracos encontrados no ano passado.

publicidade

Leia também!

Os agricultores pedem que o governo turco tome ações para amenizar as consequências da seca. Alguns ainda apontam que o gasto com irrigação aumentou absurdamente, já que regavam o campo duas vezes ao ano e agora precisam fazer isso, no mínimo, seis vezes.

publicidade

Baki Remzi Suicmez, chefe da Câmara de Engenheiros Agrícolas da Turquia (ZMO), apontou que se a seca não for tratada, os problemas afetarão agricultores e consumidores de uma maneira até pior que a crise econômica provocada pela pandemia do Coronavírus.

A Turquia enfrenta dois tipos de seca: uma meteorológica causada pelo clima seco e outra hidrológica, que ocasiona baixos níveis de água nos rios, reservatórios e lençóis freáticos do país. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, organizou o primeiro fórum sobre a água no mês passado e prometeu “renovar e melhorar os sistemas de irrigação agrícola”.

publicidade

Via: Agence France Presse

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!