Um grupo de engenheiros da Universidade do Norte do Arizona, nos Estados Unidos, desenvolveu uma nova tecnologia de músculo artificial de alto desempenho. O protótipo permite um movimento mais suave e parecido com o dos seres humanos

A criação é parte dos esforços empenhados no campo da robótica, que busca maneiras rápidas, fortes, eficientes e mais baratos para permitir que as máquinas façam os movimentos necessários para o cumprimento de determinadas tarefas. 

Este princípio é conhecido como biomimética, que é a capacidade de “imitar a vida”, nele, os músculos são projetados para realizar os movimentos de maneira similar e mais natural. “Chamamos esses novos atuadores lineares de músculos artificiais de cavatappi com base em sua semelhança com a massa italiana”, comentou o professor de Engenharia Mecânica, Michael Shafer. 

Por conta de sua estrutura em espiral, os atuadores podem gerar mais energia, fato que os torna uma alternativa extremamente atraente para o uso em bioengenharia e robótica. De acordo com os pesquisadores, os músculos cavatappi possuem uma potência entre cinco e dez vezes maiores que a dos músculos esqueléticos humanos na realização de algumas tarefas específicas. 

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“Os músculos artificiais cavatappi são baseados em atuadores de polímero trançado (TPAs), que foram bastante revolucionários quando surgiram porque eram poderosos, leves e baratos”, lembrou Shafer. “Mas eram muito ineficientes e lentos para atuar porque era preciso aquecê-los e resfriá-los. Além disso, sua eficiência é de apenas cerca de dois%”, completou. 

Mais eficiente

Michael Shafer e sua equipe trabalharam em deixar a tecnologia de TPAs mais eficiente. Crédito: Universidade do Norte do Arizona

O trabalho da equipe de Michael Shafer com os cavatappi foram focados em aumentar a eficiência dos TPAs, focando na melhoria do aquecimento e resfriamento. “Para os cavatappi, contornamos isso usando fluido pressurizado para atuar, então achamos que esses dispositivos são muito mais prováveis de serem adotados”, disse o engenheiro. 

Com isso, o tempo de resposta diminuiu e a tecnologia se tornou um tanto quanto mais viável. “Esses dispositivos respondem tão rápido quanto podemos bombear o fluido. A grande vantagem é sua eficiência. Nos demonstraram eficiência contrátil de até cerca de 45%, que é um número muito alto no campo de atuação suave”, completou. 

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Para os pesquisadores, essa tecnologia poderá ser usada em aplicações de robótica leve, atuadores robóticos convencionais, como robôs ambulantes e até mesmo em próteses e exoesqueletos. “Esperamos que trabalhos futuros incluam o uso de músculos artificiais cavatappi em muitas aplicações”, finalizou Michael Shafer. 

Com informações do TechXplore 

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